O ministério aponta que as gestantes estão no grupo de risco para varíola dos macacos, assim como imunossuprimidos e crianças menores de oito anos
Uma nota técnica elaborada pelo Ministério da Saúde recomenda que grávidas, puérperas e lactantes mantenham o uso de máscaras devido ao surto de varíola dos macacos, se afastem de pessoas com sintomas da doença e usem preservativo em todas as relações sexuais.
O documento ressalta “o rápido aumento do número de casos de MPX [monkeypox, nome em inglês da doença] no Brasil e no mundo” associado “à transmissão por contato direto e, eventualmente, por via aérea”.
“As gestantes apresentam quadro clínico com características semelhantes às não gestantes, mas podem apresentar gravidade maior, sendo consideradas grupo de risco para evolução desfavorável”, diz a nota técnica.
O ministério aponta que as gestantes estão no grupo de risco para varíola dos macacos, assim como imunossuprimidos e crianças menores de oito anos. Por isso, segundo o documento, os laboratórios devem priorizar o diagnóstico dessas pessoas, “visto que complicações oculares, encefalite e óbito são mais frequentes”.
O Ministério da Saúde também orienta que as gestantes com quadro moderado ou grave de varíola dos macacos sejam hospitalizadas, “levando em consideração maior risco”. Já as grávidas que estão com sinais da doença, mas tiveram o diagnóstico para monkeypox descartado, devem ficar em isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas, e refazer o exame, caso os sintomas não desapareçam.
A nota é assinada pelo secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, e pela diretora de Saúde Materno Infantil, Lana de Lourdes Lima.