Oito associações dos setores de saúde, como planos de saúde, hospitais e distribuidores de equipamentos, preparam uma nova rodada de pressão sobre o governo Doria para pedir alívio no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), depois que o governo cortou isenções e mudou alíquotas de vários produtos no ajuste fiscal do estado.
Entidades como Abraidi (associação de importadores e distribuidores de produtos para saúde), Abramge (planos de saúde) e Anahp (hospitais privados) levaram um novo manifesto ao Palácio dos Bandeirantes e lançaram uma campanha nesta segunda (1º).
O esforço é mais um de uma série de tentativas de vários setores que se arrasta desde o ano passado, com reclamações na Justiça, protestos, tratoraços do agronegócio e manifestos, mas a avaliação é que as manifestações de rua e tentativas de diálogo não sensibilizaram o governo.
Um grupo de distribuidores de carne que vinha organizando um protesto para esta semana vai deixar o ato para a segunda quinzena de março.
A Abrasel, associação dos restaurantes, diz que mandou cartas para o governo Doria, mas nunca recebeu retorno e agora estuda novas reações.
“O ato da Assembleia Legislativa de ter dado uma carta branca para o Executivo promover esse aumento de impostos é grave. Uma parte da sociedade, como bares, restaurantes, hoteis, eventos, sofreram muito mais na pandemia. E não foi por má administração. Foi porque o estado impediu a operação. Agora o governo busca o equilíbrio das contas públicas em cima de um setor que sofreu demais”, diz Paulo Solmucci.