Para ele, a vacina é boa, mas não conseguir prova eficácia para pessoas acima de 60 anos
A opção do governo do estado de São Paulo por manter a CoronaVac como opção para a dose de reforço que começa a ser aplicada nesta segunda-feira (6) em idosos foi criticada pelo médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa Gonzalo Vecina Neto. Em entrevista ao UOL News, Vecina afirmou que a Coronavac é um bom imunizante, mas que não conseguiu provar sua eficácia para pessoas acima de 60 anos.
“Não usaria Coronavac como dose de reforço. Ela é uma vacina boa, eficaz, que protege, mas não provou essa eficácia acima de 60 anos. Os pacientes inscritos em estudos da fase 3 eram, em sua maioria, pessoas abaixo dessa idade. Acho muito ruim o que a Secretaria de Saúde de São Paulo está fazendo”, disse o ex-presidente da Anvisa.
Para Vecina, o ideal seria que a dose de reforço fosse aplicada com uma vacina diferente daquela aplicada inicialmente: “Existem poucos dados sobre a dose extra. Mas há experimentos na Inglaterra, Espanha e Israel com doses alternadas e todos foram muito positivos”.
Na capital paulista, a Secretaria municipal de Saúde afirmou que, assim que chegarem doses da Pfizer do Ministério da Saúde, o que está previsto para o dia 15 de setembro, deve priorizar esta vacina como dose de reforço.