sábado, 17 maio 2025

Tarcísio tem 46% e Haddad, 43%, diz Ipec

Petista sobe dois pontos percentuais e empata tecnicamente na margem de erro com o ex-ministro  

DISPUTA | O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante debate (Foto: Reprodução / TV Band)

 O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem 46% das intenções de votos na disputa ao governo de São Paulo, ante 43% do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), de acordo com pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta terça-feira, 25. Os dois estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro.

Brancos e nulos são 7%; 4% não sabem ou não responderam. Ainda segundo o levantamento, o candidato do Republicanos tem 52% dos votos válidos, ante 48% do candidato petista.

Enquanto Tarcísio manteve os mesmos 46% em comparação com a pesquisa anterior, do dia 11, Haddad oscilou positivamente dois pontos porcentuais – ele tinha 41%. Nos votos válidos, o ex-ministro de Bolsonaro teve uma oscilação negativa de um ponto enquanto o ex-prefeito oscilou um ponto para cima.

Segundo o levantamento, 13% dos paulistas dizem que podem mudar de candidato até o dia da eleição, enquanto 87% afirmam que já definiram o voto.

Contratada pela Globo, a pesquisa divulgada nesta terça-feira foi realizada entre 23 e 25 de outubro e entrevistou 2.000 eleitores presencialmente em 83 cidades paulistas. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-06977/2022. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais.

LULA
Em ato no Teatro da PUC-SP, o Tuca, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu, se eleito, a formação de um governo “para além do PT”. A declaração foi feita na noite desta segunda-feira, 24, na presença dos economistas Persio Arida, idealizador do Plano Real, e Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda de Michel Temer (MDB).

“Meirelles, Persio Arida e Mercadante sabem que não existe milagre em economia, ninguém inventa, as coisas tem que ser feitas com muita seriedade. Muita gente fica preocupada: ‘o Lula voltou que Lula? o Lula de antes da prisão ou depois da prisão?’, como se fosse possível a gente ter duas personalidades sendo a mesma pessoa”, afirmou Lula ao discursar, também citando seu coordenador do plano de governo, o ex-ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante.

“Nosso governo não será do PT, nós precisamos fazer governo além do PT”, acrescentou, posteriormente. O candidato voltou a dizer que tem responsabilidade fiscal e que isso seria atestado por Henrique Meirelles, que foi seu presidente do Banco Central. O ex-presidente defendeu que a autoridade monetária teve mais autonomia em seu governo que atualmente, com a legislação da autonomia aprovada.

Para Lula, esta semana, reta final do primeiro turno, é uma das mais importantes da história do País. “Precisamos ter consciência que é agora ou a gente vai se arrepender pelo resto da vida”. Com a voz embargada, ele voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo relato de que “pintou um clima” com meninas venezuelanas. “Um presidente da república jamais poderia ter tido a atitude pedófila que teve não respeitando uma criança de 14 anos de idade”, declarou.

Ao rememorar os fatos da semana, Lula condenou o racismo sofrido pelo cantor Seu Jorge e as ofensas proferidas pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) contra a ministra Carmén Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Jefferson acabou preso no domingo após resistir à operação policial com tiros e granadas. “Nem um ser humano normal em coma alcoólico conseguiria falar as palavras que esse bandido Roberto Jefferson falou sobre a ministra Carmen Lúcia”, afirmou Lula, que chamou o presidente do PTB de “bandido”.

Aplaudida em pé ao chegar ao evento, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da disputa presidencial, afirmou que seus eleitores, agora, precisam votar no candidato do PT à Presidência da República. “Quem votou em Simone Tebet, tem que votar no 13”, afirmou Tebet em ato no Tuca ao lado de Lula. “Não há dois candidatos. Há apenas um, porque há apenas um candidato democrata”, acrescentou a senadora.

“Estou aqui porque não abro mão da democracia brasileira. Neutralidade da omissão é pecado capital contra povo brasileiro”.

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