Nesta segunda-feira (1º) um terremoto de magnitude 7,6 na escala Richter atingiu o oeste do Japão. Segundo a JMA (Agência Meteorológica do Japão) foram detectados mais de 30 terremotos atingindo o centro do Japão com magnitude acima de 4 em pouco mais de 90 minutos.
O terremoto mais forte foi registrado em uma profundidade de 20 quilômetros e teve seu epicentro na península de Noto, a 42 quilômetros a nordeste de Anemizo, na província de Ishikawa.
A JMA emitiu um alerta de tsunami ao longo das regiões costeiras do oeste do Japão. As Coreias e a Rússia também emitiram alertas para a possibilidade de tsunamis em parte de suas costas.
Nas informações iniciais era esperado um tsunami de até 5 metros de altura em Noto, e as regiões próximas, os alertas eram para ondas de até 3 metros.
Segundo o sistema de alertas de tsunami do Japão, é categorizado em:
- “Aviso de Tsunami” ondas esperadas com menos de 1 metro em Amarelo;
- “Alerta de Tsunami” para ondas esperadas acima de 3 metros em vermelho;
- “Alerta de Tsunami de Grande Porte” com ondas esperadas acima de 5 metros em roxo.
Os alertas em azul exemplificam mudanças no nível do mar onde os tsunamis são na escala dos centímetros.
Após o terremoto foram relatados ao longo da costa oeste ondas de menos de um metro, incluindo ondas de 80 centímetros em Toyama, ondas de 40 centímetros no porto de Kashiwazaki e Kanazawa e ondas de 20 centímetros nas ilhas Tobishima e Sado.
A maior onda registrada foi em Wajimako, 20 minutos após o terremoto, com 120 centímetros.
Segundo a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO no momento não há mais riscos de tsunamis graves, a JMA ainda mantém os alertas vermelhos para ondas acima de 3 metros na região do epicentro.
Na Coreia do Sul, a Administração Meteorológica está atenta às mudanças do nível do mar na costa leste de Gangneung, Yang Yang e Goseong, na província de Gangwon e na cidade de Pohang.
Na Rússia, foi declarada ameaça de tsunami nas cidades de Vladivostok, Nakhodka, no leste da Rússia e na ilha de Sakhalin, segundo a mídia estatal russa TASS.
O secretário-chefe de gabinete do Japão, Yoshimasa Hayashi, relatou que até o momento há seis casos de pessoas presas sob escombros de casas, mais de 36 mil famílias estão sem energia, e alerta para a possibilidade de novos terremotos.
As autoridades nucleares asseguraram que não há risco de vazamento de radioatividade das usinas nucleares” nas áreas afetadas pelos terremotos e pelo tsunami.
O Japão não emitia alertas para risco de tsunami no país desde março de 2011 quando o terremoto de 9,1 atingiu e desencadeou um enorme tsunami onde cerca de 20 mil pessoas foram afetadas e a usina nuclear de Fukushima Daiichi foi atingida.
