O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, pediu ontem que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus.
Com a decisão, a PGR terá 48 horas para apresentar um parecer sobre o pedido de prisão domiciliar feito pelos advogados. O médium está preso desde 16 de dezembro sob a acusação de violação sexual mediante fraude e dois crimes de estupro de vulnerável.
A decisão do ministro foi tomada após a juíza Marli de Fátima Naves afirmar não haver, “até a presente data”, qualquer variação no estado de saúde do médium que exija sua transferência para um hospital. A magistrada enviou nesta ontem, a pedido do ministro, informações sobre o estado de saúde de João de Deus.
Na última quarta-feira (2), o médium passou mal e recebeu atendimento médico no núcleo de custódia da unidade prisional onde está detido em caráter preventivo. Na sequência, João de Deus foi encaminhado para o Hospital de Urgência de Goiânia, onde foi submetido a uma série de exames clínicos.
João de Deus tem 76 anos, submeteu-se em 2015 a uma cirurgia e tratamento por causa de um câncer no estômago e, segundo a assessoria da Casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium prestava atendimento espiritual, é cardiopata.