O governo de São Paulo publicou nesta terça-feira (1º) no Diário Oficial uma série de resoluções para a volta às aulas presenciais no Estado, entre as quais uma que determina que, se um aluno testar positivo para o novo coronavírus, as aulas da turma que ele frequenta serão suspensas por um período de 14 dias.
“Se um estudante testar positivo para Covid-19, todos os estudantes da turma à qual pertence deverão ficar em isolamento por 14 dias e não frequentar a escola”, diz o comunicado publicado no Diário Oficial.
No entanto, se for apenas um caso suspeito, a turma poderá frequentar a escola, “pois há outras infecções respiratórias que se assemelham aos sinais e sintomas de Covid-19”.
Caso um professor ou servidor da área da educação tenha resultado positivo no exame, todas as pessoas com as quais ele teve contato a menos de 1 metro ou por pelo menos 15 minutos serão rastreadas e orientadas a procurar o sistema de saúde.
Outra resolução é que os estudantes e profissionais da área da educação que sejam do grupo de risco para a doença não poderão retornar às aulas presenciais neste momento.
AULAS SUSPENSAS
Por causa da pandemia do novo coronavírus, as aulas presenciais estão suspensas em todo o Estado desde março.
Previsto para 7 de outubro, o retorno oficial das aulas só ocorrerá se 80% do Estado estiver por 28 dias seguidos na fase amarela do Plano São Paulo de reabertura da economia e, o restante, há 14 dias na mesma etapa.
A retomada será gradual e, na primeira etapa, atingirá até 35% dos alunos.
A medida valerá tanto para escolas públicas de São Paulo quanto privadas.
A partir do dia 8 de setembro, no entanto, poderão ser retomadas atividades de reforço e de recuperação, mas de forma opcional e somente autorizadas para escolas que estejam em regiões que permanecem há pelo menos há 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo.
Nesse caso, a capacidade permitida é de apenas 20% dos alunos matriculados, e as aulas só poderão ser retomadas após consulta à comunidade escolar.
Os municípios terão autonomia para decidir se seguirão o cronograma do governo estadual, mas não poderão retomar as aulas presenciais antes desses períodos. Poderão, entretanto, decidir não retornar às aulas este ano.
Na região, as cidades de Campinas e Hortolândia já decidiram não reabrir as escolas em setembro, conforme o TODODIA informou ontem.
Pela resolução publicada no Diário Oficial, terão prioridade para retorno às aulas a partir do dia 8 deste mês os alunos sem acesso a tecnologia para acompanhar as aulas de forma online e os que estão no 1º e 2º anos do ensino fundamental, em processo de alfabetização, ou estudantes do 5º e 9º anos do ensino fundamental, além dos que cursam a 3ª série do ensino médio.
Além de ser obrigatório o uso de máscaras dentro da escola, os alunos e servidores terão a temperatura aferida sempre que entrarem na unidade escolar.
Segundo a Secretaria estadual da Educação, para isso, será usado um termômetro sem contato. Caso a temperatura esteja acima de 37,5ºC, o aluno ou servidor será orientado a voltar para casa e a buscar atendimento médico. A entrada e a saída das escolas também precisarão ser organizadas para evitar aglomerações e os intervalos para recreio serão feitos com revezamento de turmas.
ADICIONAL
Também nesta terça-feira, a Secretaria estadual da Educação lançou um comunicado informando que os professores da rede estadual que aumentarem a carga horária para participar das atividades presenciais nas escolas, a partir do dia 8 de setembro, vão receber um valor adicional sobre o salário. A secretaria não informou, no entanto, de quanto será esse acréscimo.