sábado, 4 maio 2024
SAÚDE

Vacina contra HPV passa a ser em dose única

Novidade foi anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, pelas redes sociais, e segue recomendação da Organização Mundial de Saúde
Por
Isabela Braz
Foto: José Cruz/Agência Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou uma novidade no esquema de vacinação contra o HPV. A partir de agora, a vacina destinada para meninas e meninos de 9 a 14 anos passa a ser aplicada em dose única.

O anúncio foi feito na noite de segunda-feira (1) pelas redes sociais da ministra. Antes, o imunizante contra o vírus, principal causa do câncer de colo de útero, era aplicado em duas doses.

“Uma só vacina vai nos proteger a vida toda contra vários tipos de doença e de câncer causados pelo HPV, como o câncer do colo do útero. Não vamos deixar que crianças e jovens corram esse risco quando crescerem”, escreveu a ministra no X (antigo Twitter).

Segundo a ministra, a decisão de usar apenas uma dose de vacina foi baseada em estudos científicos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde.

No ano passado foram aplicadas 5,6 milhões de doses do imunizante, o maior número desde 2018, com um aumento de 42% no número de doses aplicadas em relação a 2022.

Prevenção

O Ministério da Saúde recomenda a vacina, que é distribuída de graça pelo SUS (Sistema Único de Saúde), seja destinada:

• Para meninos e meninas de 9 a 14 anos;
• Vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham tomado a vacina;
• Mulheres e homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.

Durante o anúncio da dose única da vacina contra o HPV, a ministra da Saúde afirmou que estados e municípios também foram orientados a fazer uma busca ativa dos jovens de até 19 anos que não receberam nenhuma dose do imunizante para atualizar a vacinação.

A doença

Uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) mais comuns, o Papilomavírus Humano, mais conhecido como HPV, é um vírus que possui mais de 200 tipos. Dois deles são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, que é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer, de acordo com o Ministério da Saúde.

Estimativas indicam que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com câncer de colo de útero no Brasil todos os anos.

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