Testes combinaram tecnologia de vacina contra a Covid com imunoterapia
O medicamento é uma combinação da vacina personalizada contra o câncer da farmacêutica com a imunoterapia (tipo de tratamento contra o câncer que busca conter o avanço da doença ativando o próprio sistema imunológico do paciente) do laboratório alemão Merck.
No resultado dos testes, o risco de recorrência ou morte pelo câncer foi 44% inferior em comparação ao medicamento imunoterápico Keytruda administrado sozinho. Esta combinação oferece resultados positivos para pacientes com a doença com a combinação da tecnologia mRNA com medicamentos de imunoterapia.
“É um tremendo passo à frente”, disse Eliav Barr, chefe de desenvolvimento clínico global e diretor médico da Merck. Já diretor médico da Moderna, Paul Burton, afirmou que a combinação “tem a capacidade de ser um novo paradigma no tratamento do câncer”.
Ao todo foram 157 amostras de tumores e tecidos saudáveis coletados pelos pesquisadores em estágios três e quatro, cujos tumores foram removidos cirurgicamente antes de serem tratados com a combinação desenvolvida.
Depois de analisar as amostras para decodificar sua sequência genética e isolar proteínas mutantes associadas apenas ao câncer, a informação foi usada para projetar uma vacina contra o câncer.
As fabricantes planejam discutir os resultados com autoridades reguladoras e iniciar um estudo maior em pacientes com melanoma em 2023. A vacina personalizada é produzida em cerca de oito semanas, mas a Moderna disse esperar reduzir o tempo pela metade. A Merck disse que as empresas pretendem testar o medicamento em outros cânceres com alta capacidade de mutação, como os de pulmão e mama.