O presidente argentino, Alberto Fernández, decretou três dias de luto no país logo após ser confirmada a morte do ex-jogador Diego Armando Maradona, nesta quarta-feira (25).
O velório está previsto para começar na manhã desta quinta, na Casa Rosada, sede da presidência, em Buenos Aires, aberto ao público.
Em meio à pandemia da Covid-19, são esperadas mais de 1 milhão de pessoas, de acordo com a imprensa argentina.
Fernández também publicou uma foto dos dois abraçados, com a mensagem: “Você nos levou ao mais alto do mundo. Você nos fez imensamente felizes. Você foi o maior de todos. Obrigada por ter existido, Diego. Vamos sentir sua falta o resto da vida.”
A vice-presidente Cristina Kirchner também fez uma publicação nas redes sociais. “Muita tristeza, partiu um grande. Até sempre Diego, te amamos muito. Um abraço enorme a seus familiares e seres queridos.”
Na televisão, Fernández lembrou das controvérsias da carreira do ex-jogador e disse que ele viveu como pôde.
“Diego vai ser um desses personagens que jamais morrem. Foi um homem imenso. Um argentino imenso. O que podemos recriminar nele? Nos encheu de glória e alegria”, declarou.
Argentinos choram pela perda de seu maior ídolo
Expectativa, incredulidade e cabeças baixas. Assim estavam os fãs de Maradona que se aglomeravam diante da porta do condomínio no departamento de Tigre, nos arredores de Buenos Aires, onde o ex-jogador estava morando desde que recebeu alta após a operação realizada para retirar um hematoma no cérebro.
Nesta quarta, a entrada do local foi bloqueada por três viaturas policiais e oficiais em linha, que só deixavam entrar os moradores. Uma delas, que passou se exercitando, contou aos jornalistas que havia duas ambulâncias no lado de dentro, diante da casa que o jogador ocupava.
“Vim para ver se conseguimos fazer um aceno, quando o corpo passar”, diz Manoel Sampedro, 34, com o filho. Ambos estavam com a camiseta da seleção argentina. “A partir da nossa geração, Diego será uma lembrança, uma referência da Argentina no mundo”, afirmou.
Paulina Cerquera, 46, que mora perto dali, lamentou que não tenha visto Maradona pela região nas últimas semanas. “Ele estava aqui do nosso lado e não viemos homenageá-lo em vida. Creio que a Diego faltou carinho. Estava acompanhado de oportunistas, as pessoas não cuidavam dele, deixaram que bebesse, que consumisse drogas. Os familiares viviam brigando. É uma pena. Um ídolo para todos os argentinos”.
TRISTEZA | Fãs diante da casa do ídolo ontem (Foto: Matias Baglietto/Reuters/Agência Brasil)