Uma galinha do agressor teria sido morta pela cadela que foi socorrida e tem mínimas chances de voltar a enxergar
Um vizinho teria agredido brutalmente uma cadela da raça husky siberiano com pancadas na cabeça e perfurado seus olhos na última terça-feira (22), em Itanhaém, no litoral Paulista.
De acordo com o boletim de ocorrência, a cadela teria fugido da casa dos tutores e matado uma galinha na residência do vizinho. Logo após, o filho do tutor ouviu o choro do animal e encontrou o homem desferindo golpes de enxada em sua cabeça.
Incrédulo com a situação, o filho do tutor empurra o agressor, resgata a cadela e a leva a uma clínica veterinária. Segundo o diagnóstico, foi constatado traumatismo craniano encefálico, perfuração de ambos os olhos e temperatura acima dos 39 °C. A veterinária que atendeu o caso, relatou que há 5% de chances do animal retomar a visão.
A cadela foi medicada, mas não conseguiu passar por exames oftalmológicos por conta de um edema e inflamação na 3ª pálpebra [nos olhos], o que deve acontecer nos próximos dias. A veterinária passou uma lista de medicações manipuladas, que podem ajudar a recuperar parte da visão da cadela.
Os fiéis de uma igreja da cidade ocupam a residência invadida pela cadela. No local funcionava um projeto chamado ´Restaurando Vida’, que auxilia pessoas na luta contra as drogas, mas acabou interrompido.
O pastor responsável pela casa de recuperação, disse que alguns voluntários estão morando no local e começaram a criar galinhas na chácara e que a cachorra espancada já havia matado ao menos oito aves.
“Ele [agressor] precisou ir embora, pois temia por sua integridade física, mas o mesmo falou que está à disposição para prestar qualquer esclarecimento [à polícia]”, disse o pastor. O pastor, inclusive, disse ter conversado com os tutores do animal sobre a necessidade de prendê-la para evitar que a cachorra matasse mais galinhas.
O responsável pelo local relata que o agressor teria “perdido o controle” após mais uma vez o animal matar uma das galinhas e acabou agredindo a cadela, e que foi uma atitude isolada e reprovada pela comunidade que ocupa o imóvel.
De acordo com a nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado no 3º DP de Itanhaém como “praticar ato de abuso a animais”.
“O suspeito, um homem de 22 anos, foi identificado. Diligências prosseguem para a localização do homem e completa elucidação dos fatos”, disse a nota da SSP.