sexta-feira, 26 abril 2024

MPE vai apurar supostas doações ilegais

O MPE (Ministério Público Eleitoral) vai apurar a suspeita de que empresas privadas estejam fazendo doações ilegais para a campanha do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL). Pelo menos dois pedidos de investigação já foram protocolados ontem na PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral). A expectativa é que outras representações sejam apresentadas diretamente ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

De acordo com reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo, empresas que apoiam Jair Bolsonaro estariam pagando pelo serviço de disparo de mensagens pelo WhatsApp a fim de favorecer o candidato Jair Bolsonaro. Procurado para comentar a denúncia publicada pelo jornal, o vice-procurador eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros informou, por meio da assessoria do MPE, que não concederá entrevistas, pois o órgão não pode antecipar qualquer posicionamento sobre casos em análise. A atuação dos pedidos de investigação apresentados ao órgão será feita no âmbito das demais representações que forem encaminhadas ao TSE.

A reportagem diz ter apurado que alguns contratos podem chegar a R$ 12 milhões. A prática, conforme lembra o jornal, é ilegal, pois, se confirmada, trata-se de doação de campanha vedada por lei e, evidentemente, não declarada à Justiça Eleitoral.

As empresas de marketing digital se valeriam da utilização de números no exterior para enviar centenas de milhões de mensagens, burlando as restrições que o WhatsApp impõe a usuários brasileiros. As atividades envolvem o uso de cadastros vendidos de forma irregular. A legislação eleitoral só permite o uso de listas elaboradas voluntariamente pelas próprias campanhas. O financiamento empresarial de campanha é proibido.

O PT entrou com pedido de investigação judicial no TSE. A ação foi movida pela senadora Gleisi Hoffmann, que cobra providências em relação ao que chamou de “fábrica de mentiras” de Bolsonaro.

PSL NEGA
O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, negou ontem que a campanha de Jair Bolsonaro receba ajuda de empresas para divulgar por meio das redes sociais notícias contra o PT, adversário no segundo turno.

“Toda e qualquer doação feita até hoje, fosse para o PSL, fosse para a campanha do candidato, são recursos doados via nossa plataforma, de acordo com a legislação”, afirmou.

Jair Bolsonaro também se manifestou. “Apoio voluntário é algo que o PT desconhece e não aceita. Sempre fizeram política comprando consciências. Um dos ex-filiados de seu partido de apoio, o PSOL, tentou nos assassinar. Somos a ameaça aos maiores corruptos da história do Brasil. Juntos resgataremos nosso país!”

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