A versão de 2025 do plano de contingencia para atendimento a casos de dengue foi apresentada pela prefeitura de Americana. A atualização do plano de contingência tem como principal objetivo reduzir o número de casos de dengue e outras arboviroses, atuando com uma gestão coordenada e uma rápida resposta junto aos setores da assistência básica e especializada em saúde.
Conforme noticiado pela TV TODODIA na última semana, o município de Americana já registrou um óbito ocasionado pela doença neste ano. A cidade contabilizou ainda, 191 casos de dengue em janeiro, representando um aumento de 516% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 31 casos prováveis.
O plano de contingência abrange um leque amplo de ações voltadas ao atendimento ao paciente com Dengue, Chikungunya, Zika e Febre do Oropouche, desde os casos suspeitos até os confirmados, seja por critério clínico (conforme avaliação médica) ou diagnóstico laboratorial.
“Nós estamos num período crítico em relação à dengue, considerando que a transmissão não foi interrompida ao final de 2024, ou seja, nós viramos o ano com a transmissão em curso. Toda a região está sendo afetada, e a partir de agora, até o fim do outono, precisamos da máxima atenção e envolvimento de todos os segmentos da sociedade na luta contra a doença”, afirmou o secretário de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira.
Os profissionais envolvidos foram alertados quanto ao manejo e os fluxos que devem ser mantidos para atender aos objetivos propostos.
Segundo a enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carla Brito, a principal novidade foi a inclusão da Febre do Oropouche no contexto das doenças transmitidas por vetores. Ela passou a ser monitorada pela Secretaria Estadual de Saúde devido a alguns casos registrados em São Paulo, embora seja prevalente na região Amazônica. No entanto, tem ocorrido transmissão autóctone na região do Vale do Ribeira, o que motivou as autoridades a fazer o monitoramento em nível estadual. Em Americana, não há nenhum registro de casos.
“O plano foi escrito em 2024 e vem sendo atualizado conforme o cenário e as mudanças sazonais ocorridas ao longo dos meses. Agora, ele foi atualizado com pequenas mudanças, na verdade, algumas adequações de fluxos, a inclusão da Febre do Oropouche e de componentes da Vigilância Sanitária e do controle de vetores”, explicou Carla Brito.
O documento serve como ferramenta para orientar e oferecer apoio técnico, operacional e logístico aos serviços, visando detectar precocemente o aumento de transmissão das arboviroses, minimizar a ocorrência de casos graves, investigar o perfil dos óbitos por dengue e outras arboviroses, manter dados estatísticos atualizados, além de manter articulação com outros municípios da região e a Secretaria Estadual da Saúde.
Nele, estão estabelecidos os fluxos e as diretrizes que os profissionais devem seguir para o manejo adequado dos pacientes nos diversos níveis da assistência.
O plano contempla todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), o Núcleo de Especialidades, Unidade de Atendimento Domiciliar (UAD), Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar 192, as unidades de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) o PA (Pronto Atendimento) do bairro Antônio Zanaga, o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) São José e Dona Rosa, a Unidade de Vigilância em Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Farmácia Central, Centro Especializado em Odontologia (CEO), Clínica Modular e o PMCD (Programa Municipal de Controle de Dengue), além dos serviços laboratoriais do município.