sábado, 27 julho 2024

Americana e Santa Bárbara d’Oeste já reduzem intervalo entre doses de Pfizer

Cidades seguem orientação do estado e antecipam a 2ª dose da marca de 12 para oito semanas (56 dias)

Pfizer | Americana e Santa Bárbara seguem estado e reduzem intervalo entre doses (Foto: Prefeitura de Americana/ Divulgação)

Seguindo decisão do governo de São Paulo, as prefeituras de Americana e Santa Bárbara d’Oeste confirmaram nesta quinta-feira (23) que irão reduzir de 12 para oito semanas o intervalo de aplicação entre as duas doses de vacinas da Pfizer contra a Covid-19. Dessa forma, quem recebeu a primeira dose desse imunizante há pelo menos 56 dias (oito semanas) já pode procurar os serviços de saúde para receber a segunda dose.

No caso de Americana, o esquema está mantido: é preciso agendar a aplicação da vacina.

Em Santa Bárbara, onde não é preciso agendar, o intervalo menor para as vacinas da Pfizer já começa a valer a partir desta sexta-feira, bastando os moradores se dirigirem a qualquer um dos três pontos da campanha na cidade.

A vacinação em Santa Bárbara ocorre de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, nos ginásios municipais Djaniro Pedroso (Rua Prudente de Moraes, 250, Centro), e Mirzinho Daniel (Rua Bororós, s/nº, Jardim São Francisco), e na Casa de Maria (Rua Mococa, 510, Jardim das Laranjeiras). Aos sábados os locais funcionam das 8h às 13h.

Já o prazo recomendado entre a primeira e a segunda dose do imunizante da AstraZeneca/Oxford segue em 12 semanas (84 dias), e no caso da Coronavac/Butantan, em até 28 dias depois da primeira dose. Somente a vacina da Janssen necessita de uma dose única para a imunização completa.

VACINAS DIFERENTES
De acordo com a Prefeitura de Americana, eventualmente a vacina da Pfizer poderá ser aplicada como segunda dose em quem tomou AstraZeneca na primeira fase da imunização – devido à falta deste último imunizante nos estoques. Apesar disso, o intervalo entre as aplicações continua sendo de 12 semanas.

Em cidades da região, como Campinas, por exemplo, isso já tem ocorrido desde a semana passada – quando a prefeitura passou a aplicar segundas doses com Pfizer em decorrência da falta de AstraZeneca.

Raquel Silveira Bello Stucchi, infectologista da Unicamp, afirma que pessoas que tomam vacinas de fabricantes diferentes estariam até melhor imunizadas do que aqueles que receberam as duas doses da mesma marca. “Não há nenhum risco de aplicação de vacinas de plataformas diferentes. A maior parte dos estudos mostra até que a eficácia é melhor nesses casos”, explica.

A médica lembra que tecnologias distintas são utilizadas para fabricação de cada um dos imunizantes e, justamente por isso, provocaria um resultado melhor.

A vacina da Pfizer é produzida a partir da replicação de sequências de RNA mensageiro, que desencadeia uma reação de defesa das células, enquanto a AstraZeneca é criada partir de um vírus vivo, o adenovírus, que também faz com que o sistema imunológico combata o coronavírus.

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