O secretário de saúde de Americana, Danilo Carvalho Oliveira, apresentou em ofício ao Ministério da Saúde um panorama dos gastos do município com o combate à Covid-19 e pediu apoio financeiro para custear os atendimentos. O documento foi entregue em Brasília pelo vereador e presidente da Câmara de Americana, Thiago Martins (PV), participante de uma comitiva de vereadores das cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) que foi à capital federal em busca de recursos, ontem.
A comitiva tinha vereadores, presidentes de Câmaras e secretários de Saúde da RMC. O grupo esteve no Ministério da Saúde, em Brasília, para pedir apoio às cidades da região no combate à Covid.
Americana foi representada por Martins, que além de reforçar os pleitos elaborados pelo Parlamento Metropolitano, entregou ainda o ofício do secretário de Saúde de Americana, Danilo Carvalho Oliveira, com apelos para a cidade.
De acordo com o vereador, o grupo foi recebido por um assessor institucional do ministério.
“Protocolamos documentos, cobramos agilidade nas vacinas, entrega de doses, vimos recursos que estão parados das cidades, insumos, medicamentos. Tanto o governo federal quanto o estadual têm que acelerar, temos que cobrar. Estamos vendo que está chegando dose, mas a quantidade é pouca. Não conseguimos ainda vacinar 10% da nossa população. Precisa andar a chegada de doses, só dessa forma que vamos conseguir abaixar os números de infectados”, afirmou Martins.
OFÍCIO
No documento protocolado por Martins em Brasília, o secretário Danilo Carvalho Oliveira aponta que a manutenção de pronto-atendimento para doenças respiratórias no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi custa ao município, com verbas próprias, R$ 700 mil por mês. Ele cita ainda que, somente em janeiro de 2021, com 15 leitos de enfermaria e 15 leitos de UTI, a prefeitura gastou R$ 1 milhão.
O secretário escreve que o HM está passando por ampliação de leitos de UTI e que, para isso, será preciso alugar respiradores ao custo de R$ 6 mil por mês, o que irá elevar ainda mais os gastos dos cofres municipais. Após expor a situação, o secretário fez um apelo.
“Solicitamos recursos de custeio para auxiliar o município no enfrentamento ao Covid-19 para que possamos de forma solidária, harmônica e integrada entre as três esferas do governo superar a maior crise sanitária dos últimos 100 anos”, traz o ofício do secretário.
A reportagem questionou o Ministério da Saúde sobre a demora no envio de mais vacinas e a falta de repasses para custear a manutenção dos leitos, mas não houve resposta.




