Americana voltou a registrar casos de coqueluche em 2024 em meio à alta de cerca de 1000% da doença em todo o país.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o mais recente pico epidêmico foi em 2014, quando houve 8.614 casos. O número de confirmações variou entre 3.110 e 1.562 de 2015 a 2019. Uma redução foi constatada em 2020 e está associada à pandemia de covid-19 e ao isolamento social.
CONTEXTO LOCAL
A Secretaria Municipal de Saúde de Americana informou que, entre 2019 e 2024, houve dois registros, ambos neste ano. Os casos foram confirmados nos meses de julho e agosto. Os pacientes eram homens na faixa etária dos 30 aos 50 anos. Eles não chegaram a ficar internados e evoluíram para cura.
Para entender o cenário na cidade, conversamos com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carla Brito. Ela explicou que a coqueluche é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria, de alta transmissibilidade. Os principais sintomas são tosse, coriza e dor no corpo. A tosse é agravada depois da segunda semana de contaminação.
Questionada sobre novas ocorrências da coqueluche em Americana, Carla relatou se tratar de uma “doença cíclica, que reaparece a cada 3 a 5 anos”. Porém a coordenadora da vigilância epidemiológica pontuou que a diminuição da procura pela vacina pode ter colaborado para os casos registrados recentemente.
VACINAÇÃO
Carla pontuou que a vacina está disponível em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Os equipamentos da Praia Azul e do São Vito funcionam até às 20h.
O público-alvo são crianças de até 7 anos de idade. Gestantes a partir de 20 semanas de gravidez e profissionais da saúde que lidam com pacientes infantis também devem ser vacinados. Nesses casos, a imunização ocorre quando da vacinação para tétano, segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica.