
Moradores de um condomínio localizado na Rua Francisco Manoel, no Jardim Santana, na região central de Americana, procuraram a TV TODODIA para denunciar o que classificaram como abandono da região central, que sofre com alagamentos, bueiros entupidos até o nível da rua, acúmulo de lixo e um forte mau cheiro por toda a extensão do quarteirão e nos arredores onde o edifício está localizado.
A equipe de reportagem da TV TODODIA esteve no local e encontrou vários bueiros entupidos, trechos da rua intransitáveis, muito lixo e um forte mau cheiro.
De acordo com uma moradora, que pediu para não ser identificada, o problema é antigo e piorou com a instalação da Casa de Passagem, que abriga moradores em situação de rua, na Rua Carlos Gomes, próximo ao edifício.
“Eles jogam comida, restos de marmitex, sacolas, pratinhos, copinhos, roupas, tudo na rua, entupindo os bueiros.”
O edifício a cerca de 100 metros do Ribeirão Quilombo, que, segundo a moradora, sempre inunda, alagando o condomínio.
“Devido à água parada, já peguei dengue duas vezes.”
O síndico do condomínio, Antônio José dos Santos Pereira, também falou à nossa reportagem: “Já conversamos duas vezes com o prefeito. Ele ficou de limpar o rio, que está uma imundície, e até agora nada.”
Antônio sugeriu aos outros moradores que não pagassem o IPTU, depositando o valor em juízo, e só efetuassem o pagamento após a Prefeitura resolver o problema.
De acordo com o síndico, em 2022 houve uma enchente em que a água chegou até o fundo do condomínio: “Entrou água dentro dos meus dois carros e queimou o elevador.”
“Toda vez que chove aqui, eu subo os elevadores para evitar novos prejuízos.”
Seu Antônio ainda relata que: “Ontem mesmo, uma pedestre se acidentou ao tentar pular a água da rua e subir na calçada.”
A falta de limpeza resulta em mato alto e acúmulo de lixo. “Aqui tem muito mosquito, barata e escorpião.”
Procurada pela TV TODODIA, a Prefeitura de Americana informou que: “A Secretaria de Obras e Serviços Urbanos esclarece que a situação registrada na Rua Francisco Manoel não está relacionada a bocas de lobo entupidas ou obstruídas. O ponto em questão é sujeito a alagamentos devido ao refluxo da água do ribeirão em períodos de cheia e, mesmo com a manutenção periódica das bocas de lobo e galerias pluviais, esse fenômeno pode ocorrer em áreas de nível mais baixo, como é o caso da região mencionada. No entanto, a água já voltou a escoar naturalmente no local.
Ainda assim, a equipe responsável fará uma nova vistoria na região esta semana para garantir que não haja nenhum acúmulo pontual de resíduos e que o sistema de drenagem esteja operando normalmente. A Prefeitura reforça seu compromisso com a manutenção da infraestrutura urbana e segue monitorando as áreas afetadas pelas chuvas.”