quinta-feira, 13 junho 2024
MOSTRA DE FOGUETES

Após eventos de foguete, alunos do Polivalente tentam sonho de ir ao Rio de Janeiro para Mostra Brasileira de Foguetes

Evento acontece em Barra do Piraí e atraí estudantes de todo o Brasil para estudar astronomia, soltar foguetes e trocar experiências
Por
Isabela Braz
Foto: Lucas Moraes / TV TODODIA

Aulas que fogem do tradicional padrão de giz e lousa abre um mundo de oportunidades para jovens se destacarem dentro das escolas. Um exemplo disso, são os alunos da Escola Técnica Polivalente, em Americana, que foram destaque no último Polifog – um evento de foguetes e astronomia da própria instituição – que abriu a possibilidade de irem em um evento nacional em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro: a Mostra Brasileira de Foguetes.

O evento ainda não tem data definida, mas os jovens já começaram os preparativos para melhoria dos foguetes e organização para a viagem. Em visita ao Polivalente, Ingryt Medina, Maria Luiza dos Santos, Felipe Mariano e Lucas Teixeira são os exemplos desses alunos que representarão o nome da escola, do Estado e do Município.

O foguete construído nesse projeto voa após uma reação química feita por meio de uma ação de bicarbonato e vinagre, mas tem uma série de preparativos para fazer com que ela chegue a uma distância cada vez maior.
Envolvendo cerca de 100 alunos durante o projeto, em muitos testes, Ingryt e Maria Luiza, junto ao Paulo, outro integrante, conseguiram alcançar a marca de 182 metros de distância no Polifog, alcançando o primeiro lugar. Em testes, o foguete chegou a alcançar 194 metros de distância.

Elas detalham que para essa marca, tem que haver todo um planejamento e organização para que tudo possa dar certo, mas com o apoio de amigos, familiares e professores, fica tudo mais tranquilo. “Todo mundo ficou muito feliz, pelo menos no nosso grupo até os familiares se empenharam, está todo mundo muito feliz porque é uma oportunidade muito boa porque dentro dos dias que a gente ficar no Rio de Janeiro nós não apenas vamos lançar novamente os foguetes, mas a gente vai ter diversas aulas sobre o assunto então é uma oportunidade muito legal e está todo mundo feliz com isso”, diz Ingryt.

Foto: Lucas Moraes / TV TODODIA

Já o foguete de Felipe, Lucas e Caique – o terceiro integrante que também não pôde estar presente na entrevista – chegou a marca de 153 metros. Essa é a segunda vez que eles tentam participar do projeto, que por problemas na base no ano anterior não conseguiu ser finalizado.

“O projeto foi muito bem feito na nossa concepção, a gente teve que pesquisar bastante com a ajuda do nosso professor Wesley. O nosso professor foi muito efetivo na nossa ajuda, sempre nos impulsionou a fazer mais”, diz Lucas.

Felipe fala que para eles a parte de construção foi fácil, a parte difícil – mas também legal – é no momento da testagem. “Teve vários desafios, mas é bem surpreendente, ninguém espera chegar nesse ponto, mas é uma alegria poder competir e ganhar”, acrescenta.

Foto: Lucas Moraes / TV TODODIA

Apoio dos professores

Todos os alunos reforçam que durante o trabalho, apoio dos professores dentro e fora de sala de aula foi essencial para que o projeto pudesse chegar ao resultado desejado. Já os professores definem toda a conquista com apenas uma palavra: orgulho.

O professor de matemática e física Wesley Otto e a professora de Geografia, Ester Menezes são um dos representes da grande equipe de professores que prestaram esse apoio aos alunos do Poli durante todas as fases.

Wesley esteve com os alunos durante as oficinas acompanhando a construção dos foguetes e define esse projeto como o aluno sendo protagonista do aprendizado. “Eles estudaram um pouco mais sobre a parte da aerodinâmica do foguete e isso vai ser muito importante para eles no futuro profissional, na parte curricular”, diz, complementando que chances como essa também são oportunidades de ingresso nas universidades públicas.

Ester vê esse intercâmbio dos alunos com estudantes de diversos lugares do Brasil é uma experiência única e incrível. “Eles testam, eles veem que eles são capazes e isso não tem preço. Isso não é giz e lousa que ensina, é experiência, é vivência, então a gente fica muito orgulhoso”, complementa.

Ida ao Rio de Janeiro

Para ir ao Rio de Janeiro, incluindo transporte das equipes e hospedagem no hotel do evento, além dos custeios dos materiais utilizados na produção do foguete, serão necessários cerca de R$ 10 mil reais.
Maria Luiza relata que por decorrência desses custos em breve eles vão fazer algumas campanhas para ajudar, junto à comunidade escolar, a arrecadar o valor necessário. “Já recebemos até dicas do que fazer na escola para arrecadar o dinheiro e a gente vai tentar vender para fora para ver se conseguimos arrecadar dinheiro. É um período curto”

Foto: Lucas Moraes / TV TODODIA

MOBFOG

A Mostra Brasileira de Foguetes é um evento aberto à participação de escolas públicas ou privadas, urbanas ou rurais de todo o país.

A Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) é uma olimpíada inteiramente experimental, pois consiste em construir e lançar, obliquamente foguetes, a partir de uma base de lançamento, o mais distante possível. Foguetes e bases de lançamentos devem ser construídos por alunos individualmente ou em equipes de até três componentes.

Na MOBFOG de 2023, participaram 288.984 alunos (54% mais do que em 2022). Entre eles 21.949 medalhas foram distribuídas. Os participantes estavam distribuídos por 4.890 escolas de todos os estados.

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