quinta-feira, 25 abril 2024

Aprovação a novos imóveis sobe 25% em 3 anos em Americana

A oferta de imóveis novos – sejam lotes ou apartamentos – cresceu cerca de 25% nos últimos três anos em Americana, segundo dados obtidos com exclusividade pelo TODODIA. Entre 2017 e 2019, o Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo) aprovou a implantação de 12 empreendimentos com 5,3 mil unidades na cidade. No triênio anterior (2014 a 2016), foram nove projetos e 4,2 mil moradias. 

O órgão, ligado à Secretaria de Habitação do Estado, é responsável por conceder aval estadual para parcelamentos do solo para fins residenciais, conjuntos e condomínios habitacionais, públicos ou privados com mais de 200 unidades, ou área maior que 50 mil metros quadrados. 

A aprovação dessas unidades não significa, necessariamente, que elas já estejam prontas ou até mesmo em construção. Todo empreendimento precisa, ainda, da aprovação municipal, que em Americana é feita pelo setor de projetos, ligado à Secretaria de Planejamento. 

Todo esse trâmite desemboca no que construtoras e incorporadoras chamam de “lançamento”, quando há instalação de stand de vendas e divulgação do loteamento ou condomínio. 

Em Americana, por exemplo, há projetos que foram aprovados entre 2014 e 2016, “lançados” nos últimos meses, com impulso de novas linhas de crédito habitacional anunciadas pelo Governo Federal. 

RETOMADA 

O número maior de unidades em processo de liberação na cidade confirma a expectativa de retomada do mercado de construção civil, um dos mais afetados pela recessão econômica que teve início em 2014. 

Entidades nacionais do setor esperam aumento de 2% no PIB (Produto Interno Bruto) da área em 2020. 

Para o corretor Rogério Armond, que integra o Departamento de Imobiliárias e Administradoras de Condomínios da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana), a expectativa é de redução nos “estoques” das construtoras em 2020, o que deve gerar uma nova onda de pedidos de aprovação de projetos. “A construção civil é a força motriz da economia brasileira. Em Americana ela está se recuperando. Existe mercado? Existe. Vai vender? Vai! Mas o estoque ainda é grande. Eu acredito que vai baixar até o final de 2020. Houve uma reestruturação na Secretaria de Planejamento, e o prazo para aprovação de um empreendimento em Americana ficou absurdamente mais curto”, analisa. 

Para Armond, o consumidor disposto a comprar um imóvel está mais exigente. “Quando houve o boom imobiliário há alguns anos vendeu-se muito de um modelo de moradia que, hoje, não agrada mais. O consumidor está mais exigente, as incorporadoras mais especializadas nas diferentes faixas de venda e as prefeituras estão muito mais inteligentes na decisão pelas aprovações”, completou. 

 
Por Walter Duarte

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