segunda-feira, 4 dezembro 2023

Câmara autoriza aterro a receber lixo de fora

Por 13 votos a 6, os vereadores de Americana aprovaram em segunda discussão o projeto de emenda à Lei Orgânica que autoriza a central de tratamento de resíduos, na região do pós-Represa de Salto Grande, a receber lixo de outras cidades. A votação foi em sessão extraordinária realizada na manhã desta terça-feira (12).

A oposição tentou adiar a apreciação da matéria para o ano que vem, mas sem sucesso. A empresa Engep, responsável pela obra, aguarda as licenças ambientais para iniciar a usina de compostagem e de produção de energia. O investimento será de R$ 19 milhões e a previsão do início das obras é 18 meses.

Situação e oposição trocaram críticas na sessão. O quarteto formado por Maria Giovana Duarte (PCdoB), Professor Padre Sérgio (PT), Odir Demarchi (PL) e Gualter Amado (PR) martelaram na tecla de que não há garantias da instalação da usina, porque o projeto não está pronto. Giovana reclamou dos possíveis transtornos causados pela circulação intensa de caminhões na Estrada Ivo Macris e na região do bairro Antonio Zanaga.

Em defesa da Administração, o vereador Alfredo Ondas (MDB) argumentou que a tecnologia a ser instalada nas usinas é para resolver o problema do descarte do lixo de forma inteligente e moderna, com a produção de energia.

O vereador Marco Antonio Alves Jorge, o “Kim” (MDB), garantiu que a unidade não visa enterrar o lixo, mas usar os detritos como matéria prima para produção de energia elétrica. “É uma usina que não tem cheiro de lixo. Tem cheiro de modernidade”, rebateu Kim.  “Em vez de ficarem propagando que Americana vai ser a princesa do lixo, falem que vai ser a princesa da modernidade”, alfinetou o emedebista.

Fase de licença

O diretor da Engep, Delmo Conti, informou que aguarda a liberação pelos órgãos ambientais. A empresa já deu entrada com o processo ambiental, pode ser consultado por qualquer interessado. Agora, Conti espera a licença prévia e de instalação para que as obras possam começar. A previsão é que a implantação demore 18 meses, sendo seis meses para aprovação pelos órgãos ambientais e 12 meses, para implantação da usina.

“Essa é uma usina de transformação, que vai receber o resíduo orgânico através de sistemas mecânicos automatizados para separação de cada elemento que compõe o resíduo orgânico. Haverá transformação em granulado que será vendido ao mercado para matriz energética”.

Conti garantiu que as contrapartidas para instalação do aterro estão em andamento, como produção de mudas em viveiro para destinação ao Assentamento Milton Santos, projeto de educação ambiental e convênio com o Fundo Social de Solidariedade para propagar a reciclagem de lixo.

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