quarta-feira, 1 maio 2024

Caso Maria Clara: morte pode ter sido por asfixia, diz delegado

A menina Maria Clara Calixto Nascimento, 5, encontrada morta na manhã desta sexta-feira (18) pode ter sido morta por asfixia depois de ter sido estuprada. A informação é do delegado titular de Hortolândia, João Jorge Ferreira da Silva. O assassino confesso estava sendo monitorado desde quinta-feira (17), após o desaparecimento da criança, e foi preso quando descia de um veículo de aplicativo em Campinas. Ele havia chegado 5h de quinta em casa, depois de passar a noite toda consumindo crack, informou o delegado.

Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, o delegado informou que assim que chegou a informação do desaparecimento da criança, a equipe começou a investigação e estava de campana porque suspeitava que o padrasto seria o autor do crime e poderia tentar fugir, como de fato ocorreu.

O delegado disse que o auxiliar de produção Cássio Martins Camilo, 27, confessou o estupro e a morte. Peritos coletaram esperma no corpo da menina, para realização do exame de DNA, para configurar a autoria do crime.

O delegado informou que peritos criminais recolheram provas na residência e no local onde o corpo foi encontrado. Inclusive, o delegado confirmou que o assassino confesso lavou toda a residência após o assassinato, mas o delegado alegou que isso não impede que sejam encontrados vestígios do crime.

O corpo da criança foi localizado por um tio e pela mãe da vítima, que removeram o corpo do local para levá-la até uma unidade de pronto atendimento. A mãe da criança está sendo ouvida em depoimento. “Seria leviano dizer que é suspeita ou não”, disse o delegado na coletiva de imprensa.

O delegado disse que não sabe o motivo de a mãe deixar a criança com o padrasto. “Porque deixou a criança com esse indivíduo sabendo que era desqualificado, porque era usuário de entorpecentes”, citou o delegado na coletiva. Fazia 18 meses que a mãe da vítima morava com o acusado.

Em nenhum momento o acusado demonstrou arrependimento. “Um elemento psicótico não tem arrependimento”, enfatizou o delegado. Inclusive, o acusado admitiu o crime, porque sabia que poderia haver represália, por ser crime contra crianças, e até por isso se entregou e admitiu o crime, segundo o delegado. De fato, populares tentaram linchar o acusado. “Justiça pelas próprias mãos não pode existir”, disse o delegado.

O detido já havia sido denunciado à Justiça por ter abusado de outra criança de sete anos em Monte Mor.

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