A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) multou, na última terça-feira (11), 98 veículos movidos a diesel por emissão de fumaça preta acima do nível permitido pela legislação ambiental.
As infrações foram flagradas em Campinas, Americana e Paulínia. Ao todo, 6.317 veículos a diesel foram fiscalizados em rodovias da RMC (Região Metropolitana de Campinas).
Mais da metade das multas foi aplicada pela agência da Cetesb em Americana – 58 no total. A multa para quem foi flagrado com o veículo em condições irregulares é de R$ 1.591,80.
Em Americana, a fiscalização foi no km 128,5 da Anhanguera (SP-330), próximo ao bairro Zanaga. As demais autuações ocorreram no km 89 da Anhanguera (sentido Capital-Interior), em Campinas, e na Rodovia SP-332 (Prof. Zeferino Vaz), no km 129 – Norte, em Paulínia. Em cada um dos dois pontos, 20 veículos poluentes foram multados.
Em todo o Estado, a Cetesb autuou 1.108 veículos a diesel. Em 2019, os pontos de monitoramento subiram de 21 para 42, em uma ação com o objetivo de minimizar os efeitos da poluição no ar. Nesta operação, 63.126 veículos foram fiscalizados.
A presidente da companhia, Patrícia Iglecias, declarou que o objetivo da operação não é punir, mas conscientizar “especialmente nesta época do ano, em razão da falta de chuvas, aumento da poluição atmosférica e consequentemente das complicações respiratórias”.
“Nosso objetivo é chamar a atenção da população para que se engaje nesta questão ambiental e de saúde pública. A Cesteb possui um Programa para melhoria da manutenção de veículos a diesel, no qual o valor da multa pode ser reduzido em até 70%, caso o responsável comprove que os problemas do veículo foram sanados”, explicou.
FISCALIZAÇÃO
Os fiscais da Cetesb atuaram em parceria com as polícias Militar, Ambiental e Rodoviária, com três tecnologias de monitoramento.
A primeira delas utiliza a “Escala de Ringelmann”, feita com o veículo em movimento, comparando a densidade da fumaça emitida com uma escala de tons de cinza.
A segunda forma de fiscalização ocorre por meio de um opacímetro, que capta a fumaça por meio de uma sonda dentro do escapamento do automóvel. Esta fumaça é analisada quanto à concentração de poluentes.
A terceira análise utiliza um reagente químico que, misturado ao diesel, reduz a emissão de poluentes nos gases.
A identificação da presença ou não deste reagente é feita por um equipamento chamado de refratômetro.
