O Conselho da Região Metropolitana de Campinas esteve reunido nesta quarta-feira no Centro de Eventos da Secretaria de Educação de Campinas. O encontro contou com a presença de prefeitos e representantes dos municípios que compõem a RMC, e teve como principal tema a Saúde na região.
A secretária executiva de Saúde do Estado, Priscilla Perdicaris, fez uma apresentação sobre o projeto do novo Hospital Metropolitano, que deverá ser construído na região do Parque Itália, em Campinas, próximo a outros equipamentos de Saúde, como o Hospital Mário Gatti, o AME e o Hospital de Amor. “A ideia é que tenhamos essa unidade funcionando em 24 meses. Nós já estamos trabalhando no planejamento detalhado do projeto, no projeto executivo, para que possamos licitar já neste segundo semestre”, disse em coletiva de imprensa.
Dário exalta hospital
“Ele vem para enfrentar as filas de cirurgias de média e alta complexidade, UTI. Ele tem quase 50 leitos de UTI adulta, que realmente é um gargalo. Muitas cirurgias são canceladas, pois necessitam de leitos de UTI no pós-operatório, e, durante a noite, acidentes acabam ocupando esses leitos que estão reservados. As cirurgias precisam ser canceladas. Quando você tem um hospital com 50 leitos de UTI adulto, sem dúvida, é um reforço para toda a Região Metropolitana”, afirmou o prefeito de Campinas e presidente do Conselho da RMC, Dário Saadi.
Estrutura
Algumas informações sobre o projeto foram divulgadas durante o encontro. O hospital ocupará uma área de 20 mil m² e terá 400 leitos, com clínicas médicas e cirúrgicas, centro cirúrgico com oito salas, leitos de UTI pediátrica e adulta, Hospital Dia, ambulatório e áreas para quimioterapia, radioterapia e apoio diagnóstico. A unidade ainda contará com atendimento oncológico e pronto-atendimento.
A distribuição dos leitos prevê 150 leitos de clínica médica, 100 leitos de clínica cirúrgica, 60 leitos de UTI e 20 leitos para quimioterapia, entre outros. O hospital também deverá contar com um centro especializado em reabilitação e serviços de diagnóstico por imagem, endoscopia, análises clínicas e métodos gráficos.
Mas e até lá?
A previsão é que as obras sejam concluídas em dois anos a partir da data de início. E é sobre isso que o prefeito de Hortolândia, Zezé Gomes, demonstrou preocupação. Mesmo sendo do Republicanos, mesmo partido do governador Tarcísio de Freitas e do prefeito de Campinas e presidente do Conselho da RMC, Dário Saadi, Zezé questionou o que o Estado fará para ajudar a Saúde da região até que o hospital passe a funcionar.
“O prefeito é o ‘para-choque’ do governador. Nada chega ao governador, chega primeiro ao prefeito. E nossa preocupação é que tem gente morrendo na fila, e elas não podem esperar construir um hospital para daqui a dois anos. Então, eu quero coisa para agora. O que nós temos agora? O governo do Estado vai para o terceiro ano. Se não colocarmos algo plausível agora para resolver a questão da Saúde pública, pelo menos até sair o hospital, com certeza serão muitas vidas que se vão, e a gente não pode fazer nada. Eu sou questionado pelo Tribunal de Contas do Estado pela fila de exames de especialidades, mas acontece que fica naquela fila da Cross, e aquilo não acontece. Quando chamam, às vezes, o paciente já morreu. E não dá pra esperar 24 meses pela construção do hospital”, disse Zezé.
Sobre isso, a secretária afirmou que estão abertos chamamentos para mais de 4 mil procedimentos médicos.
Hospital Estadual de Sumaré
Priscilla também falou sobre a questão envolvendo a administração do Hospital Estadual de Sumaré. Segundo ela, a Unicamp, por meio da Funcamp, foi a única interessada e deverá seguir como responsável pelo hospital.
Hospital Metropolitano
O novo Hospital Metropolitano foi anunciado em junho pelo governador Tarcísio de Freitas, em reunião extraordinária do Conselho da RMC. A regulação de vagas será feita via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross).
