terça-feira, 23 abril 2024

Covid-19 deve derrubar as vendas do Dia dos Pais em 39% na RMC

Apesar da reabertura parcial das lojas na segunda-feira (27), o comércio varejista da RMC (Região Metropolitana de Campinas) deve amargar vendas 39% menores no Dia dos Pais, em agosto, se comparadas à mesma data comemorativa do ano passado. A projeção é da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas). 

Enquanto o faturamento em Campinas atingiu R$ 126,3 milhões em 2019, a pandemia fez com que as estimativas deste ano sejam de vendas de R$ 49,3 milhões. Na região metropolitana, o faturamento no ano passado foi de R$ 275,5 milhões. Este ano deverá ser, segundo a Acic, de R$ 107,5 milhões. 

Ao contrário de anos anteriores, não deverá haver a contração de mão de obra temporária na região de Campinas. No ano passado foram contratados 1.255 trabalhadores na RMC, dos quais 495 em Campinas. 

O valor médio do presente em 2019 foi de R$ 115,92. Este ano, deverá ser pouco maior segundo a Acic, de R$ 119,40. 

O economista Laerte Martins, diretor da associação, analisa que o poder de compra dos consumidores está em nível reduzido de aquisição de bens e serviços e que os itens mais procurados devem ser os tradicionais, como vestuário (gravatas e camisas), calçados, perfumes e alguns eletroeletrônicos. 

Apesar dos números, a reabertura parcial das lojas representa uma esperança de leve recuperação no setor no segundo semestre. 

“Esperamos que haja uma retomada gradual nas vendas. Depois de tanto tempo fechados, os empresários necessitam urgentemente recuperar a saúde financeira de seus estabelecimentos para que possam colocar as suas contas em dia e para garantir os empregos”, comenta Adriana Flosi, presidente da Acic. 

A associação pede para que as pessoas planejem as suas compras e não provoquem aglomerações para evitar nova regressão no Plano São Paulo para a fase vermelha, na qual apenas comércios essenciais podem funcionar. 

Para a Acic, Campinas precisar urgentemente avançar para a fase amarela (está na laranja) e, para tanto, o comércio depende muito da colaboração de todos 

“Não leve familiares para passear, nem mesmo os filhos quando forem pagar seus carnês ou fazer compras. Se evitarmos as aglomerações, em breve poderemos ampliar o atendimento e tentar voltar mais rapidamente à normalidade”, recomenda a associação. 

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