Índices em Americana e Santa Bárbara apresentaram ligeira piora nos nove primeiros meses do ano
(Foto:Divulgação)
Americana e Santa Bárbara d’Oeste registraram, juntas, ao menos três acidentes de trânsito com vítimas por dia durante janeiro e setembro deste ano. Nos nove primeiros meses de 2021, nas duas cidades, foram 712 acidentes em que ao menos uma pessoa se feriu – 26 deles com vítimas fatais. O número é maior do que o apresentado durante o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 703 ocorrências do gênero, em que 27 delas resultaram na morte do motorista ou passageiro.
Os dados são da SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), que ainda não divulgou os números de outubro.
De acordo com a pasta, enquanto Americana apresentou queda no número de lesões corporais culposas no trânsito, passando de 479 para 438 entre 2020 e 2021, Santa Bárbara d’Oeste viu a quantidade de vítimas não fatais aumentar de 197 para 248.
A situação se inverte quando são comparados os dados sobre mortes envolvendo veículos. No ano passado, 11 pessoas morreram em Americana em decorrência de acidentes, já este ano foram 16 casos.
De acordo com a pasta, enquanto Americana apresentou queda no número de lesões corporais culposas no trânsito, passando de 479 para 438 entre 2020 e 2021, Santa Bárbara d’Oeste viu a quantidade de vítimas não fatais aumentar de 197 para 248.
A situação se inverte quando são comparados os dados sobre mortes envolvendo veículos. No ano passado, 11 pessoas morreram em Americana em decorrência de acidentes, já este ano foram 16 casos.
Santa Bárbara teve seis vítimas fatais a menos, passando de 16 para 10.
Para o arquiteto e especialista em planejamento urbano Thiago Amin, quando a engenharia de tráfego nas cidades é priorizada, isso se traduz na busca pela fluidez do trânsito e, consequentemente, impacta na velocidade máxima permitida nas vias.
Ele usa como exemplo as modificações feitas nas marginas de São Paulo, entre 2013 e 2016, quando a velocidade máxima foi reduzida para 50km/h, seguida do aumento do limite para 70km/h em 2017. “Houve uma diminuição de mortes quando a velocidade foi reduzida e um crescimento quando a velocidade foi alternada de novo”, diz. “Quando há humanização no trânsito, como semáforos de pedestres e redução de velocidades, além da modelagem da própria rua, para que o carro ande mais devagar, há mais segurança. A sinalização cria consciência no motorista a ser menos selvagem no trânsito. É (fazer) muito menos campanha na televisão, apesar de importante, mas mais organização do sistema viário”, opina.
Já o professor do curso de engenharia civil da Unicamp, Creso de Franco Peixoto, ressalta que, o aumento das lesões Santa Bárbara, por exemplo, pode ser explicado pelo reaquecimento econômico da cidade, refletindo no número de viagens e no aumento dos acidentes com vítimas.
Para o arquiteto e especialista em planejamento urbano Thiago Amin, quando a engenharia de tráfego nas cidades é priorizada, isso se traduz na busca pela fluidez do trânsito e, consequentemente, impacta na velocidade máxima permitida nas vias.
Ele usa como exemplo as modificações feitas nas marginas de São Paulo, entre 2013 e 2016, quando a velocidade máxima foi reduzida para 50km/h, seguida do aumento do limite para 70km/h em 2017. “Houve uma diminuição de mortes quando a velocidade foi reduzida e um crescimento quando a velocidade foi alternada de novo”, diz. “Quando há humanização no trânsito, como semáforos de pedestres e redução de velocidades, além da modelagem da própria rua, para que o carro ande mais devagar, há mais segurança. A sinalização cria consciência no motorista a ser menos selvagem no trânsito. É (fazer) muito menos campanha na televisão, apesar de importante, mas mais organização do sistema viário”, opina.
Já o professor do curso de engenharia civil da Unicamp, Creso de Franco Peixoto, ressalta que, o aumento das lesões Santa Bárbara, por exemplo, pode ser explicado pelo reaquecimento econômico da cidade, refletindo no número de viagens e no aumento dos acidentes com vítimas.
PREFEITURAS
As prefeituras das duas cidades afirmam que têm investido em um série de intervenções viárias nos últimos anos visando tanto melhorar o fluxo de veículos quanto a segurança no trânsito.
Em Santa Bárbara, a Secretaria de Segurança, Trânsito e Defesa Civil ressalta que as vias da cidade são sinalizadas e contam com dispositivos de segurança. No entanto, desde o outubro do ano passado, o município não possui fiscalização eletrônica de velocidade, por conta de problemas com o contrato com a empresa responsável pelo serviço, a DCT Tecnologia.
Segundo a pasta, os equipamentos deverão entrar em funcionamento ainda este ano.
As prefeituras das duas cidades afirmam que têm investido em um série de intervenções viárias nos últimos anos visando tanto melhorar o fluxo de veículos quanto a segurança no trânsito.
Em Santa Bárbara, a Secretaria de Segurança, Trânsito e Defesa Civil ressalta que as vias da cidade são sinalizadas e contam com dispositivos de segurança. No entanto, desde o outubro do ano passado, o município não possui fiscalização eletrônica de velocidade, por conta de problemas com o contrato com a empresa responsável pelo serviço, a DCT Tecnologia.
Segundo a pasta, os equipamentos deverão entrar em funcionamento ainda este ano.
A Utransv (Unidade de Transportes e Sistema Viário), da Secretaria de Obras e Serviços, de Americana, afirma que tem buscado revitalizar a sinalização, além de rever vias e fluxos. O setor diz ainda que todos os radares fixos da cidade estão em funcionamento e que realiza, em parceria com a Gama (Guarda Civil Municipal de Americana) a companha “#Desconecte”, a fim de alertas sobre o uso de celulares no trânsito.
“É preciso destacar a queda de acidentes totais, pois a circulação de veículos em 2020 foi menor do que neste ano, uma vez que as medidas mais restritivas da pandemia ocorreram no seu primeiro ano. No entanto, entendemos que são números que requerem o trabalho permanente de conscientização e fiscalização, pois trata-se de responsabilidade compartilhada entre o Poder Público e o próprio motorista”, diz a Utransv, por meio de nota.
“É preciso destacar a queda de acidentes totais, pois a circulação de veículos em 2020 foi menor do que neste ano, uma vez que as medidas mais restritivas da pandemia ocorreram no seu primeiro ano. No entanto, entendemos que são números que requerem o trabalho permanente de conscientização e fiscalização, pois trata-se de responsabilidade compartilhada entre o Poder Público e o próprio motorista”, diz a Utransv, por meio de nota.
