sábado, 20 abril 2024

DAE inaugura terceiro reservatório em Americana e prevê adutora nova em 15 dias

O DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana inaugurou nesta quinta-feira (22) o terceiro reservatório de água do ano. O tanque de aço tem capacidade para 2,5 milhões de litros e fica no São Luiz. Além disso, a autarquia anunciou que entregará em até 15 dias a nova adutora que atende a região do pós-Anhanguera, com o objetivo de reduzir os episódios de falta d’água na região. 

De acordo com informações do DAE, o novo reservatório já está atendendo os bairros do entorno, como Jardim Bertoni, Mirandola, Boer, São Luiz, Santa Helena e adjacências. O investimento foi de R$ 2,6 milhões e incluiu, não só a construção do novo reservatório, como a reforma do reservatório elevado, reparos no espaço e modernização dos equipamentos. 

Além deste, serão entregues ainda esse ano reservatórios no Jardim Brasil e Chácaras Letônia. Serão estruturas com a mesma capacidade. 

Na inauguração, o superintendente do DAE, Carlos Zappia, afirmou que o novo reservatório é “de primeiro mundo”, mas já está garantindo o abastecimento na região. No mesmo terreno, existem outros três reservatórios, e um deles, de cerca de 1 milhão de litros de capacidade, está inutilizável após o fundo ceder. Segundo Zappia, o reparo no reservatório custaria mais de R$ 1 milhão e não compensaria. 

ADUTORA 

Outro investimento anunciado pelo DAE foi a entrega da nova adutora de três mil metros de extensão e interliga a ETA (Estação de Tratamento de Água) à margem da rodovia Anhanguera. Ela irá aumentar a capacidade no sistema de abastecimento de água de alguns bairros como Antonio Zanaga, Vila Bela, Jardim Brasil, Vale das Nogueiras, Praias Azul e dos Namorados. 

A adutora atual, segundo Zappia, tem mais de 40 anos de funcionamento e essa característica é justamente o que faz com que os rompimentos sejam constantes, assim como as interrupções no fornecimento de água para a região que ela atende. 

“Ela está em fase de ajustes hidráulicos e não apresentou nenhum problema. É uma obra para aposentar a adutora que tem 40 anos. É uma adutora muito antiga, da década de 70, planejada para 20 anos, ou seja, na década de 90 já deveria ter sido substituída”, explicou Zappia. 

Também de acordo com o superintendente, a nova adutora permitirá que o abastecimento seja interrompido momentaneamente para eventuais reparos na rede de maneira setorizada, e não no pós-Anhanguera todo, como é hoje. 

VENDA DE ÁREA GERA POLÊMICA NA CÂMARA  

O projeto de construção do chamado “reservatório pulmão”, previsto para ser instalado na região da Cordenonsi, em Americana, gerou polêmica na sessão desta quinta. O projeto da prefeitura que prevê a venda de um terreno da prefeitura para o DAE (Departamento de Água e Esgoto) foi colocado em discussão, recebeu duras críticas dos vereadores, e acabou adiado.  

O “reservatório pulmão” tem a previsão de armazenar até 10 milhões de litros de água para reforçar o abastecimento nos períodos de estiagem. Mas para ser construído, é preciso que o DAE adquira um terreno da prefeitura, avaliado em R$ 6 milhões. A compra, entretanto, precisa de autorização da Câmara. 

Vários vereadores criticaram o projeto, entre eles Gualter Amado (Republicanos) e a candidata a prefeita Maria Giovana Fortunato (PDT). Gualter acusou a prefeitura de estar utilizando dinheiro do DAE para pagar contas e questionou o motivo desse terreno ser vendido e não cedido ao DAE. O parlamentar afirmou que o projeto estaria chamando a população e os vereadores de idiota. 

Giovana afirmou que a prefeitura não investe e não prioriza a autarquia. Ela criticou o projeto, dizendo que se tratava de um “assalto” ao DAE. Após as críticas, o vereador Thiago Brochi (PSDB) pediu vistas da matéria.  

Mais tarde, em coletiva sobre a entrega de um novo reservatório no São Luiz, o prefeito Omar Najar (MDB) afirmou que a prefeitura tem R$ 100 milhões em caixa e não quer pegar dinheiro do DAE. Ele citou que em anos anteriores foi necessário usar verbas da autarquia, mas que os valores foram devolvidos. 

“Não querem aprovar, paciência. Vai ficar para o próximo prefeito resolver o problema”, disse. 

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