sexta-feira, 26 julho 2024

Dalben denuncia Cristina Carrara ao juiz Bretas

O vereador Dirceu Dalben (PR), de Sumaré, encaminhou ofício ontem ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro (RJ), solicitando que seja investigado o eventual envolvimento de agentes públicos e da ex-prefeita da cidade, Cristina Carrara (PSDB), em supostas irregularidades na contratação da OS (Organização Social) Pró-Saúde, que administrou a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Macarenko e o PA (Pronto Atendimento) do Matão, na gestão da ex-prefeita. O vereador também enviou documentos sobre o caso.
O TODODIA teve acesso ao ofício de Dalben. No documento, ele informa que a motivação do pedido para investigar agentes públicos e a ex-prefeita de Sumaré foi o conteúdo do depoimento do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), na última terça-feira (26), ao próprio juiz Bretas. Cabral disse que “membros da cúpula da Igreja Católica do Rio de Janeiro participaram de transações envolvendo pagamentos de propinas e que as propinas teriam a ver com a Pró-Saúde, que administrava hospitais do RJ e outros Estados”.
“Desde que firmou contrato com a municipalidade, em 2014, a Pró-Saúde mostrou-se incapaz de realizar o trabalho. Relatório do Cremesp (Conselho regional de Medicina do Estado de São Paulo) expôs, à época, a situação de abandono da UPA de Sumaré e uma vistoria constatou falta de insumos básicos para atendimento à população. Coube ao atual prefeito (Luiz Dalben – PPS) rescindir o contrato com a Pró-Saúde”, afirmou o vereador Dalben, no ofício enviado ao juiz federal.
Por fim, o parlamentar pede que os documentos que encaminhou sejam anexados ao processo que envolve a Pró-Saúde e que a ex-prefeita seja incluída como “investigada”. Em entrevista ao TODODIA, ontem, a ex-prefeita Cristiana Carrara disse que soube do ofício do vereador Dalben pela reportagem, mas que está “muito tranquila” em relação a uma eventual investigação.
“Sempre trabalhei na gestão de maneira muito séria. A lisura com que tratei as coisas públicas me dá essa tranquilidade. E, na minha gestão, o contrato com a Pró-Saúde funcionou muito bem, tivemos excelentes avanços na Saúde”, defendeu Cristina.
PRÓ-SAÚDE
Conforme informações da Agência Brasil, sobre o depoimento do ex-governador do Rio, a Igreja Católica respondeu que “tem o único interesse que organizações sociais cumpram seus objetivos, na forma da lei, em vista do bem comum”.
Ainda segundo a Agência Brasil, a Pró-Saúde informou, em nota, que tem colaborado com as investigações sobre o pagamento de propinas do setor de saúde a agentes públicos e, em virtude do sigilo do processo, não se manifestará sobre os fatos. “A entidade filantrópica reafirma neste momento o seu compromisso com ações de fortalecimento de sua integridade institucional, bem como com a prestação de um importante serviço à saúde do Brasil”, concluiu a nota da Organização Social.
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