sexta-feira, 22 novembro 2024

Empresários se mobilizam para pagar viaduto na Anhanguera

Um grupo de empresários do ramo imobiliário de Americana se dispôs a criar um fundo para custear as obras de construção de um novo viaduto sobre a Rodovia Anhanguera (SP-330), interligando a Avenida Comendador Thomaz Fortunato (entrada para a Praia dos Namorados) com a outra margem da via. A obra é necessária para cumprir um acordo da Prefeitura de Americana com o Ministério Público para que novos empreendimentos possam ser liberados na região. 

O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) do pós-Anhanguera foi firmado com a Prefeitura de Americana em 2017 e prevê, entre outras obras, a construção de dois viadutos sobre a rodovia. 

O objetivo é suprir a demanda de tráfego de veículos que será gerada pela aprovação de novos empreendimentos imobiliários nessa região. A contrapartida da construção desses equipamentos é, justamente, a aprovação e liberação de tais empreendimentos. 

O primeiro viaduto a ser entregue – que liga a entrada e saída da Praia dos Namorados com a Anhanguera, tem prazo de finalização em 2022 e investimento estimado em R$ 12 milhões. É essa obra que o grupo de empresários está disposto a destravar. 

Na semana passada, eles apresentaram a proposta ao Ministério Público, em encontro que contou com a participação do secretário de Planejamento, Ângelo Marton. 

De acordo com o empresário Marcos Matias Politano, da M. Politano Imóveis, existe um consenso entre os empreendedores em criar um fundo cuja verba seja destinada a essa construção. 

“São de dez a 15 empreendimentos que necessitam disso. Eu dou razão para o Ministério Público, de fato é uma obra necessária que vai trazer melhorias viárias para toda a população que comprar um lote e for morar naquela região. Isso vai valorizar os imóveis, inclusive”, afirmou Politano. 

Ele explicou que, sem o viaduto, os lotes não estão sendo vendidos, pois não há garantia de entrega. Politano afirmou que essa situação trava o desenvolvimento da cidade no pós-Anhanguera, e que isso causa outros problemas para a cidade. 

“Estamos vendo uma verticalização absurda, um adensamento populacional do ‘lado de cá’ da rodovia”, disse. 

De acordo com informações do Ministério Público, a decisão dos empresários já foi comunicada à prefeitura na semana passada, e ficou decidido que a administração entraria em contato com os responsáveis de todos os projetos imobiliários protocolados para verificar a possibilidade de adesão deles à proposta. 

“Tem que atingir o custo do viaduto, cujo valor estimado é de R$ 12 milhões, e aí liberaria esse primeiro viaduto. Começando a construção, com a verba garantida e licitação feita, já libera a chave”, afirmou o promotor Ivan Carneiro Castanheiro, responsável pelo TAC. 

Uma nova reunião entre os envolvidos está marcada para o dia 31, para aprovação dessa tratativa. O próximo passo, caso ela seja aprovada, será comunicar a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) da solução encontrada para essa transposição da rodovia. 

 

Por Leon Botão 

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