sábado, 27 julho 2024

Erros em cadastros no TSE vão de patrimônio bilionário à cor da pele

As fichas de alguns candidatos da RMC no DivulgaCand apresentam erros, sendo alguns até cômicos. O candidato de Cosmópolis a deputado federal Everaldo Brito, o Bobó (PROS), declarou possuir mais de R$ 1 bilhão em bens. Questionado sobre o valor, ele afirmou ser um erro, mas não demonstrou muita preocupação em corrigir a informação.
“Se eu tivesse esse dinheiro tava bom. Foi algum erro de quem digitou. Da minha parte não foi. (…) Vou corrigir para que? Não vai adiantar nada. Eu não tenho isso, minha conta bancária fala. Minha vida social fala. (…) Vou falar com o pessoal do partido, mas não é isso não”, afirmou Bobó.
De Hortolândia, o candidato a deputado federal Pica-Pau (PROS) teve seu nome de urna registrado errado. Ao invés de Pica-Pau, ele aparece como “Pipa Pau”. O nome real é Silvaney de Souza Chaves. A reportagem tentou contato com o candidato via Facebook, mas não houve retorno.
Já o candidato a deputado federal por Sumaré, Toninho Mineiro (PV), declarou que seu tom de pele é amarelo. No entanto, quando concorreu a prefeito de Sumaré em 2016, declarou ser branco. Ao TODODIA, ele disse ser branco, e se demonstrou irritado com o questionamento. “Vê com o pessoal da coligação em São Paulo. Liga lá no partido”, afirmou.
De acordo com a assessoria de imprensa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o candidato que constatar que digitou algo errado no cadastro pode entrar com uma petição via PJE, junto à Justiça Eleitoral, para corrigir a informação.
Não há penalidade prevista para esse tipo de situação, segundo o TSE, mas os candidatos devem providenciar a correção para que as informações do cadastro sejam as corretas.

 
Maior patrimônio é R$ 13 mi 

Dentre os 82 postulantes, o candidato que declarou o maior volume de bens foi Adriano Maçaira (PROS), candidato a deputado federal por Valinhos, com pouco mais de R$ 13.750.412. Sua única experiência na vida pública foi como suplente de vereador, em 2012. A reportagem do TODODIA tentou contato com ele, mas não houve retorno.
O segundo mais rico da lista é o empresário de Americana Ricardo Molina (PRB), com R$ 9.522.907,05. Ele afirma que pagará sua campanha com recursos próprios. “Minha vida sempre foi pautada em transparência e honestidade. Declaração de renda não é um jogo de números, é obrigação. O que tenho hoje é fruto do trabalho de mais de 20 anos na iniciativa privada, do qual muito me orgulho. Pela primeira vez candidato, não entro na vida pública pelo dinheiro. Minha campanha será paga com recursos próprios”, informou Molina através de sua assessoria de imprensa.
Completa o “top 3” da RMC o atual deputado estadual Rogério Nogueira (DEM), de Indaiatuba, que tentará a reeleição. Irmão do ex-prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira, o político declarou R$ 4.408.654,37 .
O candidato que declarou o menor valor foi Felipe Maropo (PSOL), que disputa o cargo federal por Indaiatuba, com R$ 5 mil. Nove concorrentes (4 federais e 5 estaduais) declararam não possuir nenhum bem.
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