domingo, 5 maio 2024
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Especialista explica golpes com Pix e clonagem de cartões em CPI da Alesp

Participou da oitiva com os parlamentares o advogado criminalista Dr. Pedro Iokoi, a fim de esclarecer as principais características dos crimes de estelionato
Por
Redação
Foto: Divulgação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Alesp responsável por investigar golpes realizados em transferências via Pix e clonagem de cartões recebeu, nesta terça-feira (22), o advogado Pedro Ivo Gricoli Iokoi. Na ocasião, o especialista explicou sobre as principais características dos golpes e como diferenciá-los.

Na mesma ocasião, o Colegiado presidido por Itamar Borges (Republicanos) aprovou a solicitação que convida o advogado a participar das próximas oitivas a serem realizadas pelos parlamentares da CPI e contribuir com os debates.

Tipos de golpes
Dando início à sua explanação, Pedro Iokoi citou os principais tipos de golpes feitos através das transferências por pix. Entre eles, estão os seguintes: o golpe da falha do pix, no qual o criminoso entra em contato com a pessoa e oferece uma nova chave, dizendo que a antiga não funciona; o golpe de empresas, pelo qual o fraudador se passa por uma corporação e pede a transferência bancária para o usuário; perfis falsos de whatsapp, quando o criminoso copia a foto de algum usuário do aplicativo para enganar amigos e familiares da vítima; o falso funcionário de banco, falso recibo de pix, falso leilão de veículos e falso delegado; e, por fim, o “golpe do Tinder”, praticado comumente em redes de relacionamento, com perfis falsos, criados para extrair informações por meio de chantagem.

Em seguida, Iokoi explicou a diferença entre os golpes de pix e cartões de crédito. De acordo com o advogado, a maior diferença para o sistema de cartão é que o pix não tem nenhum intermediário bancário, não há ninguém que garanta a segurança financeira da transação, o prejuízo é inteiro da vítima. “No sistema de cartões, entretanto, existe o arranjo de pagamentos. O banco é o emissor por meio de um sistema de royalties e, no final da transferência, há um estabelecimento comercial. Quem acaba com prejuízos são esses dois estabelecimentos, não o consumidor, mas ainda assim os golpes de clonagem são comuns e devem ser impedidos”, constatou.

Sequência das investigações
Encerrando a reunião, Itamar Borges projetou a conclusão do trabalho do grupo com a criação de novas proposituras e medidas para contribuir diretamente no enfrentamento dos crimes. “As penas para esses golpes não competem a nós, mas sim a órgãos de esfera federal, por isso, vamos fazer nosso papel e esperar uma ação em conjunto com outros poderes”, disse.

Em suas considerações finais, Pedro Iokoi agradeceu aos deputados pela oportunidade de participação ativa na CPI e ressaltou a importância de se tomar medidas para amparar as vítimas de estelionato. “Essa CPI vem em muito boa hora, na tentativa de implantar um sistema que de fato alcance os criminosos que cometem esse tipo de delito”, concluiu.

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