quinta-feira, 25 abril 2024

Funcionários de áreas da Unicamp entram em greve por reajuste

Funcionários das áreas técnica e administrativa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) iniciaram ontem uma greve para reivindicar a abertura de negociações salariais com a Reitoria da universidade. Somente nas duas áreas – sem considerar os professores – trabalham cerca de 8 mil funcionários, mas o STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp), que lidera a paralisação, informou ontem que ainda não foi possível avaliar qual o índice de adesão ao movimento grevista.

Ainda segundo a entidade, também não é possível dizer, ainda, quais os impactos da paralisação nos serviços de saúde pública oferecidos pela Unicamp – como no HC (Hospital de Clínicas) e outras unidades. “Certamente haverá um trabalho para adesão dos funcionários da área da Saúde”, informou o STU ontem. A lei determina que os grevistas mantenham no mínimo 30% dos serviços funcionando. 

Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 8% e um plano de recomposição que atinja pelo menos 15,9% de reajuste nos próximos meses, para contemplar perdas desde maio de 2015. Porém, o Consu (Conselho Universitário) fixou o reajuste em 2,2% e encerrou as negociações, de acordo com o STU. 

Segundo o coordenador-geral do STU, José Luis Pio Romera, a mobilização começou ontem com um ato em frente à reitoria em Campinas. Hoje deve ocorrer uma nova assembleia para definir o encaminhamento da greve. 

“O Fórum das Seis, que congrega os sindicatos da Unicamp, USP e Unesp, está pedindo nova reunião de negociação. No próximo dia 12, haverá um ato conjunto dessas três universidades, para pedir a reabertura de negociação. A greve continua até a Unicamp retomar as negociações”, disse Romera. 

OUTRO LADO 

Por meio de nota, a Unicamp informou que, “em consonância com a Constituição Federal, reconhece o direito de greve aos servidores públicos, desde que exercida nos termos e nos limites da lei, e que fará todos os esforços necessários para garantir a prestação dos serviços essenciais ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, de acordo com o que consta nos Artigos 11 e 12 da Lei da Greve”. 

“Ressalte-se que atos de persuasão não poderão impedir o acesso ao trabalho, nem causar ameaça ou dano ao patrimônio público e às pessoas. Por fim, é oportuno lembrar que o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas se comprometeu em reunir novamente com o Fórum das Seis, na segunda quinzena de outubro, caso a arrecadação do ICMS, ao final de setembro, atinja R$ 80 bilhões para uma arrecadação projetada ao ano de R$ 108,2 bilhões”, diz a nota da Unicamp. 

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