O Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de Hortolândia divergiram, por meio de notas oficiais nesta sexta-feira (14), após o município alegar, no dia anterior, falta de doses da vacina CoronaVac como razão para suspender a aplicação da segunda dose em idosos.
O embate começou após a prefeitura divulgar na quinta que a vacinação de segunda dose seria suspensa porque estava sem estoque de CoronaVac.
Diante da notícia, publicada no TODODIA, o Estado encaminhou nota rebatendo a informação e citando que um novo lote do imunizante seria distribuído a partir desta sexta, sendo 52,1 mil doses para a região de Campinas.
Na nota, o Estado afirma ainda que “ao município de Hortolândia foram enviadas 60,3 mil doses, e este registrou 47,9 mil aplicações na plataforma VaciVida, o que evidencia um ‘saldo’ de quase 12,3 mil doses que deveriam ter sido administradas pelo município”.
Hortolândia rebateu dizendo que “o comunicado da assessoria de imprensa do governo do Estado omite que esse total de doses é a soma das duas marcas de vacina CoronaVac e AstraZeneca”.
“De fato, o município tem vacina da AstraZeneca. Estão sendo imunizadas as pessoas que receberam a 1ª dose dessa vacina e as pessoas dos demais públicos-alvos da vacinação. O que está faltando é a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, para completar a 2ª dose que deve ser do mesmo laboratório”.
O município diz que o último lote de CoronaVac destinado a idosos foi recebido em 27 de abril, sendo 1,2 mil doses para segunda aplicação, quantidade que já acabou. Segundo a prefeitura, as quantidades foram subestimadas.
A nota do governo Zezé Gomes (PL) ainda termina cutucando o governo estadual. “O Estado vem transferindo todas as falhas aos municípios, como se estes não tivessem experiência em campanhas e vacinações de rotina. É necessário o Estado reduzir a propaganda e melhorar a prática”, trouxe a nota.
