Em seu segundo dia no comando da Prefeitura de Paulínia, o novo prefeito interino, Antonio Miguel Ferrari, o “Loira” (DC), exonerou ontem 46 funcionários comissionados (que exerciam cargos de confiança, de livre nomeação) que faziam parte da equipe do ex-prefeito interino, o vereador Du Cazellato (PSDB).
Entre os demitidos estão 13 secretários municipais que haviam sido nomeados em novembro por Cazellato (que ficou no governo do dia 7 de novembro até anteontem). Oito Secretarias ainda estavam sem titulares.
Loira também nomeou seis secretários ontem: Laercio Giampaoli (Transportes); Cícero Brito (Segurança); Agnaldo de Campos (Planejamento); Márcio Santos (Meio Ambiente); Nilson Bonome (Governo) e Paulo Navarro, na chefia de Gabinete.
O prefeito interino não se pronunciou sobre as mudanças. Segundo a Assessoria de Comunicação da prefeitura, nesta sexta-feira (25) devem ser divulgadas nomeações em outras Pastas.
Questionada pelo TODODIA, a assessoria informou que o novo prefeito interino não deve contratar titulares para as 21 Secretarias Municipais existentes porque pretende “enxugar a máquina administrativa” e antecipou que Loira também deverá reavaliar o projeto de lei 69/2018, que estabelece a Reforma Administrativa da prefeitura.
O projeto de reforma foi encaminhado à Câmara por Cazellato, em dezembro do ano passado, e ainda será votado pelos vereadores, que voltam do recesso na próxima terça-feira (29).
A proposta prevê cortes de cargos para reduzir as despesas com a folha de pagamento, que hoje comprometem 56% do orçamento do município, enquanto o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 54%.
‘PENTE-FINO’
Segundo a Assessoria de Comunicação, Loira começou um “pente-fino no setor da Saúde”.
“Durante a manhã (de ontem), o prefeito interino avaliou documentos, contratos, participou de reuniões com servidores públicos, moradores, e seu Chefe de Gabinete, Paulo Navarro, recebeu integrantes do Conselho de Saúde”, informou, em nota.
Loira assumiu o cargo de prefeito interino na quarta-feira (23), após obter uma liminar do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), que ainda vai julgar o mérito do caso, após recebimento da defesa de Du Cazellato.
Ao contrário da Justiça local, que na semana passada defendeu a permanência de Du Cazellato no cargo, o TRE-SP entende que, por ser presidente da Câmara eleito em dezembro, Loira é quem tem o direito de assumir a prefeitura.
