quarta-feira, 8 maio 2024
FISCALIZAÇÃO

Ipem-SP fiscaliza 16 mil produtos durante Operação “Dia das Crianças”

Foram fiscalizados um total de 16.012 produtos, dos quais 15.041 foram aprovados e 971 (6,1%) foram reprovados
Por
Redação
Foto: Divulgação

Durante a semana de 2 a 6 de outubro, o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), autarquia do Governo e órgão delegado do Inmetro, realizou a Operação “Dia das Crianças” com o objetivo de garantir a segurança no uso de brinquedos e produtos destinados às crianças. A fiscalização, que ocorreu de forma virtual e presencial, abrangeu o comércio de pequeno, médio e grande porte da capital e das cidades de Bauru, Campinas, Guapiaçu, Mogi das Cruzes e Taubaté.

Ao longo da operação, foram fiscalizados um total de 16.012 produtos, dos quais 15.041 foram aprovados e 971 (6,1%) foram reprovados, no caso, brinquedos. As equipes de fiscalização realizaram visitas a 128 estabelecimentos de diferentes portes. Em 17 (13,3%) desses locais, foram encontrados erros e os estabelecimentos foram autuados.

Na capital, foram fiscalizados 8.798 produtos, sendo 8.267 aprovados e 531 (6%) apresentaram irregularidades, também relacionadas a brinquedos. Foram visitadas 68 lojas, e em 12 (17,6%) delas foram detectadas falhas e autuações foram realizadas.

No interior, foram fiscalizados 7.299 produtos, com 6.859 aprovados e 440 (6%) apresentando irregularidades em brinquedos. As equipes percorreram 60 lojas, e em 5 (8,3%) delas foram encontrados erros e autuações foram realizadas.

Comparado ao ano anterior, quando foram fiscalizados 23.879 produtos e detectadas irregularidades em 4.222 (17,7%) itens, a quantidade de produtos com problemas diminuiu. Durante a Operação “Dia das Crianças” de 2022, as equipes visitaram 194 lojas de pequeno, médio e grande porte e em 29 (14,9%) delas foram encontrados erros e autuações foram realizadas.

“Durante a fiscalização, as equipes verificaram brinquedos, bicicletas, berços, carrinhos para crianças e cadeiras de alimentação, com o objetivo de verificar a presença do selo do Inmetro nos produtos comercializados, que é a principal garantia de conformidade com as normas de segurança. Neste ano, os erros foram encontrados em brinquedos”, explica Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior, superintendente do Ipem-SP.

O selo do Inmetro, que contém a marca do órgão e a do organismo acreditado responsável pelo processo de certificação, é a evidência de que o produto passou por ensaios e foi aprovado em avaliações de aspectos como impacto e queda, partes pequenas que podem ser levadas à boca, metais nocivos à saúde, risco de combustão em contato com o fogo, risco de temperatura excessiva, choque e emissão de chamas e níveis de ruído acima dos limites estabelecidos pela legislação.

Os fabricantes e estabelecimentos autuados têm um prazo de 10 dias úteis, conforme a lei federal 9.933/99, para apresentar defesa ao Ipem-SP. As multas podem chegar a R$ 1,5 milhão.

Confira a tabela com as irregularidades encontradas neste link: https://www.ipem.sp.gov.br/index.php/sala-de-imprensa/noticias/noticias-2023/ipem-sp-fiscaliza-16-mil-produtos-durante-operacao-dia-das-criancas

Dicas do Ipem-SP

Fique atento aos produtos da moda. Por serem brinquedos, Pop It Fidget Toys devem ostentar o selo do Inmetro. São, porém, contraindicados para crianças com idade inferior a 6 anos. Já a cauda de sereia, que tem feito grande sucesso nas piscinas, não é um produto regulamentado e traz um risco potencial, sobretudo para crianças. Por limitar os movimentos das pernas, atuando como uma nadadeira, a vestimenta pode expor os pequenos ao risco de afogamento. A maioria dos fabricantes recomenda utilização por crianças acima de 6 anos, com domínio total da natação e aptas a se movimentar com a vestimenta antes do primeiro uso. Além disso, a cauda de sereia somente deve ser usada em locais nos quais a criança possa se manter de pé, com segurança. Caso o consumidor opte por adquirir o produto, é necessária a supervisão experiente e atenta dos responsáveis durante seu uso, na piscina.

Não compre artigos infantis em comércio informal, pois não há garantia de procedência. Produtos falsificados ou fabricados em indústrias clandestinas podem não atender às condições mínimas de segurança, especialmente em relação à toxicidade do material usado na fabricação, conter partes pequenas e bordas cortantes. A fiscalização do comércio informal é de competência da Polícia Federal, não do Inmetro.

Compre somente brinquedos que contenham o selo do Inmetro, sejam nacionais ou importados. O selo deve estar sempre visível, impresso na embalagem, gravado ou numa etiqueta afixada no produto, e deve conter a marca do Inmetro e o logotipo do organismo acreditado pelo Inmetro que o certificou.

Selecione o brinquedo considerando a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança. A faixa etária a que ele se destina – avaliada de acordo com o desenvolvimento motor, cognitivo e comportamental da criança – deve constar na embalagem, assim como informações sobre o conteúdo, instruções de uso, de montagem e eventuais riscos associados à criança, além do CNPJ e do endereço do fabricante. As informações obrigatórias na embalagem demonstram a responsabilidade do fabricante ou importador.

Se você tem crianças em idades diferentes? Redobre a atenção para que os menores, em especial aqueles até 3 anos, não tenham acesso aos brinquedos dos mais velhos. Alguns produtos podem conter partes cortantes ou muito pequenas, que podem se desprender e ser ingeridas ou inaladas, causando sufocamento.

Retire a embalagem do brinquedo e sacos plásticos que podem acompanhar o produto antes de entregá-lo à criança, a fim de prevenir acidentes com grampos e similares, e até mesmo o risco de sufocamento.

Leia com atenção as instruções de uso presentes na embalagem ou em seu interior e repasse estas instruções para a criança. Procure, ainda, supervisionar o uso do brinquedo pelas crianças.

A certificação de brinquedos é compulsória no Brasil desde 1992. O selo, que contém a marca do Inmetro e a do organismo acreditado responsável pelo processo de certificação, é a evidência de que o produto foi submetido a ensaios e aprovado em avaliações de aspectos como impacto e queda (pontas cortantes e agudas); mordida (partes pequenas que podem ser levadas à boca); química (metais nocivos à saúde); inflamabilidade (risco de combustão em contato com o fogo); elétricos (risco de temperatura excessiva, choque e emissão de chamas) e ruído (níveis acima dos limites estabelecidos pela legislação).

Por meio da Portaria Inmetro nº 302/2021 e 563/2016, a medida regulatória de brinquedos foi aperfeiçoada. Entre outros aspectos, passou a incluir, por exemplo, ensaios para extração e quantificação de formamida, solvente utilizado em aplicações industriais como a produção de tapetes de EVA, os populares tatames de borracha para crianças. Para evitar danos à saúde, o limite permitido de formamida é de 0,5% em massa de polímero.

Além disso, foram reincorporados ensaios de mordida e fervura para brinquedos da primeira infância, como chocalhos e mordedores. Eles devem ser confeccionados com materiais que resistam aos atos de morder, de mastigar e de sugar e à quebra em pedaços ou fragmentos de tamanho pequeno. Também devem ser resistentes à fervura em água durante cinco minutos. A medida prevê, ainda, que todo brinquedo passe a conter a identificação da data de fabricação em sua embalagem, o que poderá estar disponível por código, data ou marcação.

Em casos de dúvida, desconfiança ou se o consumidor encontrar irregularidades, entre em contato com o serviço da Ouvidoria do Ipem-SP pelo telefone 0800 013 05 22, de segunda a sexta, das 8h às 17h, envie e-mail para ouvidoria@ipem.sp.gov.br ou acesse www.ipem.sp.gov.br

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