Dois irmãos, separados por 1.935 quilômetros de distância, estão em busca de notícias sobre o paradeiro de um terceiro irmão desaparecido desde o dia 11 de dezembro do ano passado, portanto há 25 dias, em Sumaré.
A apreensão é a mesma entre os irmãos Maria Gildenir, vendedora autônoma de 35 anos, residente em Juazeiro do Norte (Ceará), a mais nova de quatro irmãos, e o pedreiro Francisco Gilberto Andrade Cavalcante, 39, residente na Avenida da Amizade, na Vila Soma, em Sumaré.
O motivo da preocupação é o desaparecimento do irmão deles, o reciclador José Gildemar Andrade Cavalcante, 43 anos, que deixou a residência do irmão em Sumaré e não foi mais visto.
O pedreiro fez uma peregrinação pela polícia, hospitais e cemitérios para tentar localizar o desaparecido, mas, até agora, não tem pistas sobre o paradeiro dele. Para piorar, não consegue registrar o boletim de ocorrência porque não tem dados do documento dele.
Gilberto conta que seu irmão não tem o movimento do braço direito porque teve paralisia infantil. É branco, de cabelos claros crespos, usa barba e tem 1,60m. Ele não é aposentado e vive da reciclagem. É solteiro e não tem filhos. A vítima tem tatuagem de um tigre nas costas.
Segundo o irmão, a vítima bebe e usa drogas, mas não tinha inimigos. O que aconteceu no dia do desaparecimento é que ele chegou na casa do irmão alterado e Gilberto pediu par não “fazer bagunça”, porque a esposa dele faz tratamento para depressão.
“Falei com um pouco de ignorância. Estava de cabeça quente e alterei um pouco a voz”, admite Gilberto. Então, o pedreiro pediu para o irmão sair para esfriar a cabeça e voltar depois. Isso foi no dia 11 e, desde então, não voltou para casa. “Fui em tudo quanto é lugar para procurar ele”, disse Gilberto. No Nordeste, a irmã Maria Gildenir, a caçula da família, acompanha de longe as buscas. “A gente está agarrando toda a possibilidade de achar um corpo, uma notícia”, afirmou a irmã.
Segundo a vendedora, apesar de o irmão usar drogas, é uma pessoa tranquila e “não mexe com ninguém”. Assim como milhões de nordestinos, a vítima veio para São Paulo há três anos em busca de trabalho e de uma vida melhor. Em Sumaré, morava com o irmão Gilberto.
Os irmãos pediram divulgação do desaparecimento ao TODODIA na esperança de encontrar o homem com vida. Eles fizeram apelos nas redes sociais na tentativa de achar o desaparecido.