O Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizou, na última terça-feira (9), uma Ação de Improbidade Administrativa contra o vereador de Piracicaba, Cássio Luiz Barbosa, conhecido como Cássio Fala Pira, suspeito de cometer crimes sexuais.
A ação pede a condenação do parlamentar, incluindo a perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos por cinco anos, multa civil equivalente a 24 vezes sua remuneração e proibição de contratar com o Poder Público pelo mesmo período.
Fundamentação da ação
A ação do Ministério Público tem como base um inquérito policial que revelou um padrão de conduta do vereador, que teria abusado de seu cargo público e da influência para cometer abusos sexuais contra mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica.

Prisões e andamento criminal
Cássio Luiz Barbosa foi preso temporariamente em 9 de outubro, com a prisão prorrogada em 5 de novembro por mais 30 dias. Em 3 de dezembro, a Justiça decretou sua prisão preventiva. A Delegacia de Defesa da Mulher de Piracicaba informou que 12 pessoas procuraram a unidade para denunciar o vereador, além de quatro testemunhas que depuseram contra ele. O inquérito policial segue em segredo de Justiça.
Provas reunidas
O inquérito aponta que o vereador utilizava a imagem de “ajudador social” para se aproximar das vítimas. As provas incluem depoimentos coerentes, relatórios de investigação e imagens de câmeras de segurança que corroboram os relatos das vítimas, além do interrogatório do próprio vereador.
Durante seu depoimento, ele admitiu relações sexuais com algumas das denunciantes e a existência de videochamadas com nudez, embora alegue que os atos foram consensuais. O Ministério Público, entretanto, argumenta que a alegação de consensualidade não afasta o contexto de abuso de poder e vulnerabilidade das vítimas.
Situação atual
A ação foi recebida pela 2ª Vara da Fazenda Pública de Piracicaba e aguarda a citação do vereador para que ele apresente sua defesa.
A equipe de reportagem tentou obter um posicionamento da defesa do vereador Cássio Luiz Barbosa sobre a ação, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.





