terça-feira, 16 dezembro 2025
APÓS DOIS MESES DA PRISÃO TEMPORÁRIA

Ministério Público solicita perda do mandato e suspensão de direitos políticos de Cássio Fala Pira

Ação contra Cássio Luiz Barbosa, conhecido como Cássio Fala Pira, pede perda da função pública e sanções severas
Por
Nicoly Maia

O Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizou, na última terça-feira (9), uma Ação de Improbidade Administrativa contra o vereador de Piracicaba, Cássio Luiz Barbosa, conhecido como Cássio Fala Pira, suspeito de cometer crimes sexuais.

A ação pede a condenação do parlamentar, incluindo a perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos por cinco anos, multa civil equivalente a 24 vezes sua remuneração e proibição de contratar com o Poder Público pelo mesmo período.

Fundamentação da ação
A ação do Ministério Público tem como base um inquérito policial que revelou um padrão de conduta do vereador, que teria abusado de seu cargo público e da influência para cometer abusos sexuais contra mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica.

Cássio Luiz Barbosa foi preso temporariamente no dia 9 de outubro. Foto: Reprodução Redes Sociais

Prisões e andamento criminal
Cássio Luiz Barbosa foi preso temporariamente em 9 de outubro, com a prisão prorrogada em 5 de novembro por mais 30 dias. Em 3 de dezembro, a Justiça decretou sua prisão preventiva. A Delegacia de Defesa da Mulher de Piracicaba informou que 12 pessoas procuraram a unidade para denunciar o vereador, além de quatro testemunhas que depuseram contra ele. O inquérito policial segue em segredo de Justiça.

Provas reunidas
O inquérito aponta que o vereador utilizava a imagem de “ajudador social” para se aproximar das vítimas. As provas incluem depoimentos coerentes, relatórios de investigação e imagens de câmeras de segurança que corroboram os relatos das vítimas, além do interrogatório do próprio vereador.

Durante seu depoimento, ele admitiu relações sexuais com algumas das denunciantes e a existência de videochamadas com nudez, embora alegue que os atos foram consensuais. O Ministério Público, entretanto, argumenta que a alegação de consensualidade não afasta o contexto de abuso de poder e vulnerabilidade das vítimas.

Situação atual
A ação foi recebida pela 2ª Vara da Fazenda Pública de Piracicaba e aguarda a citação do vereador para que ele apresente sua defesa.

A equipe de reportagem tentou obter um posicionamento da defesa do vereador Cássio Luiz Barbosa sobre a ação, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

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