A RMC (Região Metropolitana de Campinas) contabiliza 16 mortes por febre maculosa neste ano. As vítimas fatais estão concentradas em sete cidades, mas o munícipio com mais casos é Americana, que tem nove.
Além dos números de Americana, Pedreira registrou dois casos, e os demais foram em Paulínia, Santa Bárbara D’Oeste, Campinas, Sumaré e Itatiba.
De acordo com a prefeitura de Sumaré, o paciente de Sumaré visitou pesqueiros da cidade de Americana, não havendo relato de passagem por áreas de risco de Sumaré. “Trata-se, portanto, de um caso importado. O óbito ocorreu no dia 14 de maio. A vítima era um homem de 45 anos, morador do Jd. Bom Retiro”, informou.
Em Campinas, a Secretaria de Saúde confirmou uma morte por febre maculosa nesta semana. A vítima, uma mulher de 30 anos, contraiu a doença em um sítio no bairro Recanto dos Dourados, área rural da cidade, e morreu no último dia 6.
Desde o início do ano Campinas registrou, além do óbito, mais quatro casos da doença, que evoluíram para cura. Dois deles foram contraídos no município, nas regiões dos bairros Carlos Gomes e Florence, e dois em outras cidades, informou a prefeitura.
A Vigilância Epidemiológica de Paulínia confirmou quatro casos positivos da doença e uma morte. Em Itatiba a vítima tinha 53 anos e morreu no final de janeiro.
Já em Pedreira, duas mortes foram confirmadas em maio. As vítimas são um jovem de 17 anos e uma mulher de 60. A vítima de Santa Bárbara tinha 38 anos e morreu dia 7 de junho.
Americana é a campeã de casos, com nove mortes. A última vítima, de acordo com a secretaria de Saúde de Americana, é um homem de 49 anos, que morava na área de ocupação Roseli Nunes, região pós-represa do Salto Grande. A morte ocorreu no dia 7 de junho na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde estava internado.
Todos os municípios afirmaram que estão intensificando os trabalhos de conscientização da população.
Santa Bárbara, por exemplo, informou que alerta regularmente os profissionais da rede de saúde quanto as áreas de ocorrência, sintomas, diagnóstico e terapêutica. Os setores de Vigilância Epidemiológica e Centro de Controle de Zoonoses realizam periodicamente um mapeamento para identificação das áreas de risco e áreas de transmissão da doença. “Todas as áreas de risco e áreas de transmissão no município possuem placas de identificação com alertas para a população sobre os locais com a presença de carrapato-estrela (transmissor da doença)”, informou.
É importante a população ficar alerta quanto à frequentar áreas de risco de transmissão da doença (matas, beiras de rio, áreas de pescaria, etc) e apresentando os sintomas (febre, dor no corpo, fraqueza) procurar um serviço de saúde para início do tratamento, relatando ao médico que frequentou áreas de risco e/ou teve contato com carrapatos nos últimos 15 dias.