sexta-feira, 22 novembro 2024

MP cobra informações sobre volta da mão dupla no Viaduto Amadeu Elias

O MP (Ministério Público) encaminhou um pedido de informações preliminares à Prefeitura de Americana sobre a volta da mão dupla de direção no Viaduto Amadeu Elias. O promotor deu um prazo de 30 dias para a administração se manifestar.

A medida foi tomada depois que um grupo de moradores e comerciantes protocolou uma representação no MP no dia 16 de janeiro, pedindo a volta da mão de direção no sentido bairro-centro. Desde 12 de outubro de 2018 – portanto há 16 meses -, é proibido transitar no sentido Jardim Colina-Centro.

O promotor Ivan Carneiro Castanheiro informou que apenas busca informações preliminares. “Ainda não houve decisão sobre instaurar ou não Inquérito Civil”, disse.

O promotor pediu a juntada de reportagens, inclusive do TodoDia, sobre as reivindicações e os pedidos do prefeito Omar Najar ao Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) para emissão de laudo para averiguar se a estrutura aguentaria o sobrepeso de mais veículos.

Também pediu cópias de eventuais pareceres técnicos do município sobre o trânsito no viaduto, do despacho do chefe do Executivo ou da Unidade de Transporte e Sistema Viário e do laudo que seria elaborado pelo Crea por solicitação do município.

MORADORES

Na representação, assinada pelo morador Maurício Pitolli e pela comerciante Nadia Biancardi, os autores reclamaram dos prejuízos causados aos comerciantes da região, com a queda no movimento e nas vendas após a mudança da mão de direção.

Eles obtiveram 8.000 assinaturas em abaixo-assinado digital pedindo a volta da mão dupla. Segundo os autores, as mudanças foram feitas sem consultar os afetados e sem EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança).

Nádia entrou em contato com a prefeitura e com o presidente da Câmara Luiz da Rodaben (PP), ontem, mas ainda não há uma posição sobre a volta da mão dupla de direção.

“O que o Rodaben me passou é que os engenheiros estão avaliando toda a estrutura do viaduto para ver as condições de colocar três vias ali. Se não houver condições, não vai poder ser colocado, porque houve algumas batidas embaixo do viaduto com caminhões – três ou quatro caminhões enroscaram embaixo – e abalaram a parte local”, explicou Nádia.

A prefeitura informou que o município responderá aos questionamentos feitos e dentro do prazo. Rodaben disse que o projeto comporta o tráfego de veículos, mas em função dos impactos sofridos, será feita uma análise mais aprofundada, para dar o laudo definitivo.

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