A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo lança hoje o projeto-piloto do núcleo da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) em Campinas. A iniciativa ocorre após prefeitos do Conselho de Desenvolvimento da RMC (Região Metropolitana de Campinas) cobrarem do governo do Estado a implantação dessa central para regulação de vagas e cirurgias nos serviços públicos de saúde da região.
Conforme publicado pelo TODODIA, em agosto, os pacientes da RMC esperam em média sete anos por uma cirurgia para colocação de prótese.
O lançamento do projeto será às 9h30, na sede da DRS 7 (Diretoria Regional de Saúde), em Campinas. O secretário de Saúde do Estado, Marco Antonio Zago, estará presente no evento.
De acordo com a Prefeitura de Nova Odessa, cujo prefeito Benjamin Bill Vieira de Souza (PSDB) é o presidente do Conselho da RMC, a central de regulação de vagas e cirurgias vai operar direto da sede da DRS 7 e atenderá especificamente aos pacientes dos 20 municípios da RMC que precisam de internação em unidades hospitalares estaduais.
Atualmente, as demandas de urgência e emergência precisam passar pela Cross que fica em São Paulo e atende ao Estado inteiro (645 cidades).
O pedido de criação de regulação de vagas regional foi feito pelos prefeitos em carta, no começo de agosto, na qual apontavam os principais problemas enfrentados. Na carta, os secretários afirmaram que na região existem “enormes filas para cirurgia de prótese, com tempo de espera de cinco a sete anos, e muitos desses procedimentos estão sendo assumidos pelos municípios”.
As tratativas começaram no mesmo mês, em reuniões com Zago e com o subsecretário de Assuntos Metropolitanos, Edmur Mesquita.
“Na ocasião daquela (primeira) reunião, frisei que estava se confirmando mais um passo em direção à nossa conquista. Agora, a nossa conquista virou realidade. E volto a reafirmar: é um grande avanço para nossa Região Metropolitana”, afirmou Bill.
ESPERA DE ATÉ 7 ANOS
Reportagem do TodoDia publicada no dia 7 de agosto mostrou que pacientes da RMC esperam, em média, sete anos por uma cirurgia para colocação de prótese.
A matéria citou o caso de Solange Cristina da Fonseca, 57, do bairro Guapari, em Nova Odessa, que precisava de prótese nos dois joelhos e aguardava pela cirurgia na Unicamp havia quatro anos.
Após a reportagem, Solange conseguiu ser operada e receber uma prótese no joelho esquerdo. Já o marido dela, Luiz Antônio Torelli, 62, aguarda há três anos para colocação de prótese no quadril.
