Funcionários municipais rejeitam proposta de 10,5% de aumento e sinalizam paralisação; prefeitura diz que vai judicializar questão e lamenta que “pequena parcela” decida por 1.600 servidores
Em nova assembleia realizada na noite desta quarta-feira (30) pelo SSPMANO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Odessa), funcionários públicos votaram a favor de uma greve e rejeitaram a terceira contraproposta de reajuste salarial feita pela prefeitura, que oferece 10,5% de aumento à categoria, entre outros benefícios.
No dia anterior, a administração municipal manteve o índice de aumento já oferecido à categoria, mas apresentou uma nova proposta de elevar para 39,4% o reajuste do cartão da cesta básica.O sindicato pleiteava reajuste de 17%, mais um aumento significativo no valor da cesta básica.
De acordo com o presidente do sindicato, Adriano José do Carmo Rosa, a proposta foi rejeitada por 85% dos servidores presentes na assembleia desta quarta, em sua grande maioria profissionais da área da Educação.
“O grande clamo da Educação, que foi maioria absoluta, foi pela saída do secretário José Jorge Teixeira e do secretário adjunto da pasta, Assis das Neves Grilo”, contou.
Ainda segundo Carmo, os tópicos elencados durante a votação que mais atingiram servidores foram o fator financeiro e as condições de ambiente de trabalho.
O QUE DIZ A PREFEITURA
A Prefeitura de Nova Odessa informou, em nota, que vai entrar com um pedido de dissídio coletivo (julgamento da greve) na Justiça do Trabalho (TRT-15), assim que Sindicato dos Servidores protocolar a declaração de greve em 72 horas.
A prefeitura informou, por meio da assessoria de imprensa, que “uma pequena parcela” dos 1.600 servidores públicos municipais tomou a decisão, junto do SSPMANO.
“A Prefeitura de Nova Odessa lamenta a decisão tomada (…) de rejeitar a proposta de reajuste salarial e, assim, colocar a categoria em estado de greve num momento em que nossa comunidade começa a superar a mais grave crise sanitária e de saúde público dos últimos 100 anos”, informou a prefeitura, em nota. “Conduzidos pela direção da entidade de classe, infelizmente, uma minoria decidiu em nome da totalidade da categoria, o que pode prejudicar não apenas os próprios servidores, mas uma parcela significativa da população de Nova Odessa que depende de serviços públicos de áreas essenciais como Saúde, Educação e Segurança Pública”, ressalta a prefeitura.
Ao TODODIA, o presidente do sindicato destacou que a decisão da assembleia é soberana com qualquer número presente.
