sábado, 27 julho 2024

Em Nova Odessa clínica de recuperação é interditada por maus-tratos aos internos

Autoridades encontraram os pacientes trancados em condições desumanas, sem água potável e alimentação adequada 

Fotos: Divulgação/Prefeitura de Nova Odessa

Nesta quarta-feira (29) uma força-tarefa formada pela Vigilância Sanitária, Saúde, Promoção Social e GCM de Nova Odessa juntamente com a Polícia Civil durante uma fiscalização em uma clínica de reabilitação no bairro Chácaras Central, a ação, chamada de “Operação Repouso”, flagrou uma série de problemas no local, como ambiente insalubre, falta de água potável e alimentação adequada, além de o imóvel estar trancado com cadeados.

Esta clínica de reabilitação que funciona de forma irregular já havia sido interditada pela Vigilância Sanitária da cidade em fevereiro deste ano, por uma série de irregularidades e inadequações, como cárcere privado, maus-tratos e furto, pois também foi identificado o desvio de energia elétrica de uma escola municipal nas proximidades. Havia cerca de 60 internos no local.

A ViSa (Vigilância Sanitária), recebeu uma nova denúncia na última terça-feira (28), de que a clínica irregular havia “reaberto” e mantinha internos contra sua vontade. A Polícia Civil foi acionada para uma ação conjunta e ao chegar ao local, às equipes confirmaram as denúncias, deixando claro que os responsáveis desobedeceram à ordem de interdição e encerramento imediato das atividades de fevereiro.

As irregularidades se mantinham iguais, segundo a ViSa, no interior da clínica foram encontradas cerca de 23 pessoas trancadas com cadeado e em condições desumanas e insalubres, sem alimentação e com água não potável, que era consumida por todos através de uma jarra suja e uma única caneca, muitos deles em condições precárias de saúde e que necessitavam de atendimento médico de urgência. Além disso, o banheiro estava repleto de fezes e com forte odor de urina.

Por essa razão, ao menos 10 pessoas foram levadas imediatamente para o Pronto Socorro do Hospital Municipal, onde permanecem internados e sob tratamento e acompanhamento médico. Os demais foram encaminhados de volta às suas respectivas famílias.

A ViSa emitiu novo auto de infração e lacrou novamente o estabelecimento. As autoridades informaram que havia pacientes com diversas fragilidades, como cadeirantes, amputados e pacientes com traumatismo encefálico, todos trancados e sem acompanhamento de profissionais. Em caso de um eventual incêndio, as pessoas teriam dificuldades para evacuar o local.

A Polícia Civil diante do flagrante conduziu os responsáveis à Delegacia da cidade, onde a ocorrência policial foi registrada e o caso, encaminhado ao Poder Judiciário. Foram presos o “presidente” da “associação” e o coordenador ou gerente da “clínica” irregular. Os indiciados foram encaminhados para a Cadeia Pública de Sumaré, onde aguardarão a realização da audiência de custódia.

Mais informações devem ser procuradas junto à Polícia Civil, que registrou a ocorrência como “sequestro e cárcere privado”, “maus-tratos” e “furto” (de energia).

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