quarta-feira, 25 junho 2025

Justiça nega recurso e mantém obras no loteamento Flamboyant em Nova Odessa

Vereador Silvio Natal afirma que estudará nova contestação na Justiça por considerar situação irregular de loteamento 

A ação tentava revogar decisão que negou a liminar do parlamentar que pedia o impedimento das obras (Foto: TodoDia arquivo)

Decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo negou anteontem recurso do vereador Silvio Natal (Avante) para suspender as obras do condomínio Flamboyant, em Nova Odessa. O juiz Guilherme Souza Lima Azevedo, da 1ª Vara Cível de Nova Odessa, negou o recurso e manteve as construções.

A ação tentava revogar decisão que negou a liminar do parlamentar que pedia o impedimento das obras no empreendimento localizado na Avenida São Gonçalo. O recurso alegava ilegalidade ou abuso de poder pelo juiz. Entretanto, a Justiça não entendeu dessa maneira e negou o recurso.

O vereador afirma que o loteamento está irregular e diz que vê a decisão com preocupação. “Nova Odessa já tem um histórico de aprovação irregular de loteamentos e não temos dúvida de que este é mais um caso, por isso, iremos avaliar a viabilidade de interpor um novo recurso. Temos um compromisso com a população e isso nos obriga a usar todas as ferramentas disponíveis”, prometeu.

Conforme mostrou o TODODIA em julho, a prefeitura interrompeu as obras nos terrenos do loteamento em novembro do ano passado após a própria Justiça julgar inconstitucional a lei que alterou, em 2014, o zoneamento da área para ZPR (Zona Predominantemente Residencial). O conjunto habitacional voltou a ser classificado em área de ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) depois da aprovação e sanção de alterações na legislação.

Silvio Natal aponta que a prefeitura realizou a mudança de zoneamento de maneira ilegal, sem ter ampla discussão na cidade e sem ter o plano diretor. “Foi nesse sentido que o nosso gabinete já tinha feito a proposta inicial”, falou.

A Prefeitura de Nova Odessa comunicou em nota que o empreendimento está regular e que elaborou um novo projeto de lei complementar devido ao primeiro questionamento judicial, em 2021. De acordo com a administração, o projeto contou com a realização das “devidas audiências públicas e demais exigências legais”.

O Executivo encaminhou o projeto para a Câmara Municipal, onde os vereadores votaram e aprovaram a alteração no zoneamento da gleba.

“Após a lei ser sancionada e publicada, o empreendedor requereu nova aprovação, a qual, após análise da Secretaria Municipal de Obras e Planejamento, foi aprovada (agora perfeitamente de acordo com o zoneamento da área)”, comunicou a prefeitura.

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