sábado, 27 julho 2024

Justiça solta acusado de participar da morte de Russo em Nova Odessa

Empresário conseguiu habeas corpus nesta sexta-feira (10)

A soltura acontece depois de análise de uma nova prova juntada ao processo na última quarta-feira (8) pela delegada do Deic (Foto: Arquivo TodoDia)

A Justiça de Nova Odessa soltou nesta sexta-feira (10) o acusado de participar do assassinato do ex-secretário de Governo de Nova Odessa, Marco Antonio Barion, o Russo. O empresário P.S.S., de 52 anos, conseguiu habeas corpus hoje. A informação foi confirmada ao TODODIA pelo advogado de defesa do empresário, Roberto Fernandes Guimarães.

O caso corre em segredo de justiça. Segundo Guimarães, na quinta-feira (9) o Ministério Público Estadual se posicionou no sentido de libertar o empresário, preso desde fevereiro, acusado de participação no crime que culminou na execução de Russo no dia 6 de dezembro do ano passado. A soltura acontece depois de análise de uma nova prova juntada ao processo na última quarta-feira (8) pela delegada do Deic (Delegacia de Investigações Criminais) de Piracicaba, Juliana Ricci, responsável pela investigação.

O Judiciário havia voltado atrás na decisão de soltar o empresário depois da delegada incluir a nova prova. De acordo com o advogado do acusado, o pedido de soltura foi feito diretamente ao juiz do caso. “A defesa sempre acreditou na inocência do P. A Justiça investigou toda a vida dele enquanto esteve preso. A polícia indicou que ele poderia ser objeto de investigação durante todo esse período. Ele não praticou esse crime. Não chegaram a uma prova. Nós acreditamos no P. e a própria Justiça de Nova Odessa está soltando ele”, disse Roberto.

Câmeras de segurança revelam que o empresário deixou o condomínio onde ele e Russo moravam com uma Toyota Hillux SW4 branca e aparece atrás do carro do ex-secretário na hora do assassinato. Questionado sobre o seu cliente estar com um carro logo atrás da vítima, Roberto disse que foi “coincidência”.

“Eles moravam no mesmo condomínio e tem vários carros saindo ali pela manhã. Eu posso estar dirigindo o meu carro e alguém matar o motorista do carro da frente. Pelas imagens, que foram divulgadas pela própria imprensa, quando acontece o crime, o P. freia o carro. Como qualquer pessoa frearia e vai embora. Ele sai do local do crime. O fato de estar atrás do veículo não quer dizer que tenha ocorrido uma participação e não vincula o P. aos assassinos”, afirmou o advogado.

Russo foi executado com 13 tiros por uma dupla que fugiu em um Uno branco. Preso desde fevereiro, o empresário teve a prisão preventiva decretada em abril. O suspeito havia sido preso temporariamente depois de uma operação do Deic.

A Justiça já apontou que o acusado tinha escrito em um caderno os dizeres “serviço do Uno” previsto para 7 de janeiro, 30 dias depois do assassinato. No dia da prisão do empresário, a polícia achou R$ 27 mil em dinheiro no apartamento dele. O empresário nega participação na execução.

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