domingo, 24 novembro 2024

Omar foca em Saúde e Saneamento

Em 2020, o prefeito Omar Najar (MDB) vai encerrar um ciclo de seis anos à frente da prefeitura. Depois de um mandato “tampão” de dois anos e reeleito para mais quatro, o emedebista fala dos planos para concluir a passagem pela prefeitura com chave de ouro. 

E ele espera, sim, a decisão judicial favorável para disputar a reeleição em outubro do ano que vem. 

A prioridade máxima é a entrega do novo Pronto Socorro Municipal e quatro novos reservatórios de água para melhorar o abastecimento em regiões críticas da cidade. 

E ele também promete que vai concluir as obras do Viaduto João B. de Oliveira Romano, paralisadas há três décadas. 

Confira os principais trechos da entrevista concedida com exclusividade ao TODODIA. 

TODODIA – Qual sua avaliação sobre os serviços públicos de Americana? Quais foram os avanços e o que ainda precisa melhorar? 

Omar Najar – A nossa prioridade sempre foi a saúde. Espero que a gente consiga inaugurar essa ala nova do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi até o final deste ano, se Deus quiser. Falta ajustar o sistema de energia. A cabine de força estava ultrapassada, com a capacidade no limite. E vai ser um avanço muito grande atender a população com o conforto que merece. 

E com a falta de recursos, como o senhor conseguiu investir no hospital? 

O que nós investimos lá foi graças ao trabalho feito na época por deputados aqui da cidade, que trouxeram os recursos das emendas parlamentares. Solicitamos R$ 5 milhões para mobiliar e arrumar o hospital. Hoje nós estamos com equipamentos novos, modernos. Não são mais aquelas coisas antigas que existiam no hospital. São camas novas, piso, ar condicionado. Eu acho que isso é uma coisa muito boa para a cidade. 

Que outro segmento avançou, na sua opinião? 

Saneamento. Está praticamente pronta a Estação de Tratamento de Esgoto da Balsa, que será inaugurada logo no começo do ano. A nova captação de água no Rio Piracicaba também, nós estamos nos finalmentes. É uma obra importante para a infraestrutura da cidade. 

Falando em saneamento, o abastecimento de água é um setor que sempre merece atenção do poder público… 

Estamos lutando muito com o problema da falta de água. Americana cresceu muito. Aumentou a população e não fizeram investimento em reservatórios. Nós compramos reservatórios de aço vitrificado, muito mais duráveis do que caixas d’água de concreto. Nós estamos investindo R$ 8,9 milhões para atender pontos críticos de Americana. O do Jardim Brasil vai atender uma grande parte do pós-Anhanguera, como Zanaga, Nogueiras e Praia dos Namorados. Vai ser instalado um também na Letônia, para atender a área da Praia Azul. Depois na Vila Dainese e São Luiz. Na minha opinião, o material é de qualidade e não tem problema de dilatação, como o concreto. Estamos também trocando a tubulação de cimento amianto, que tem mais de 40 anos. Nós estamos fazendo uma nova adutora para atender a população do pós-Anhanguera, com capacidade maior. 

Gostaria de citar algum outro segmento com investimentos importantes? 

Educação. Estamos aí com uma série de projetos na área de reformas de escolas. Já está prevista a verba para o ano que vem para reformar as Emeis e escolas de ensino fundamental, que estavam com chuva dentro. A mobilidade urbana também é importante. Investimos em recapeamento. Nós estamos fazendo com recursos próprios, R$ 6 milhões, e devemos receber do governo do Estado mais R$ 5 milhões ano que vem. Fora isso, estamos determinando asfaltamento em algumas ruas que estão em péssimo estado. 

E o Viaduto Romano? Aquela estrutura pronta ia mudar a vida dos motoristas. 

Uma obra importante. Vamos resolver. A ligação com a Avenida Abdo Najar vai aliviar o tráfego também no Viaduto Amadeu Elias. Investimos no prolongamento da Avenida Bandeirantes, e as obras andam. A construtora vai entregar a alça de acesso ao viaduto. Vai melhorar muito o deslocamento entre os bairros. E vamos checar como está a estrutura, parada há tanto tempo. 

E o Amadeu Elias? 

A gente espera que a Rumo, empresa que explora a malha ferroviária, invista na construção do viaduto paralelo ao Amadeu Elias. Vais ser muito importante. 

Durante o mandato, o senhor sempre se queixou de ter assumido a prefeitura com dívidas. Hoje a situação mudou? 

Pagamos a dívida com o Ameriprev (Instituto de Previdência dos Servidores de Americana), 

Era uma dívida de R$ 250 milhões, que herdamos do governo anterior. Hoje o Ameriprev tem dinheiro em caixa, não tem dívida nenhuma. Hoje, pelo que tem em caixa, dá para bancar a aposentadoria desse pessoal até 2040, por ai. 

E nosso patrimônio ambiental? A revitalização das praias sempre esteve nos seus projetos. Vai conseguir executar tudo o que era previsto? 

Foi aberta licitação agora para terminar o serviço na Praia dos Namorados. Verba do governo Federal, R$ 1,2 milhão. Vamos iluminar as praias. Nós já fizemos o asfaltamento na orla da Praia dos Namorados. Vamos melhorar muito o aspecto da Praia Azul, que estava abandonada há muitos anos, inclusive vias de acesso. Vamos garantir conforto aos motoristas e moradores. 

Outro setor essencial. Habitação. O que a cidade pode esperar? Existe muita gente na fila da casa própria. 

Quando nós assumimos, a Secretaria de Habitação estava com 14 mil pessoas pleiteando residências. Nós já entregamos pelo menos quatro mil habitações em parceria com a iniciativa privada e com o governo estadual e federal. E há muitos projetos em andamento. Como na Balsa, no Jardim dos Lírios, na cidade toda. Temos conjunto prontinho, só esperando que a CPFL faça a ligação da energia. A secretaria atualizou o cadastro. O déficit caiu de 14 mil para três mil residências. Com os empreendimentos autais, o déficit vai cair para mil. 

E o Zincão? Temos uma área de ocupação que cresce sem parar. Vai haver uma atenção especial? 

A única favela de Americana é o Zincão. O secretário de Habitação, o Charley (Petter Cornachioni) está atrás disso aí para aliviar a situação de quem vive por lá. Nós queremos ver se regularizamos aquela ocupação. Vamos tentar alocar famílias para outras áreas. Pra isso, vamos enquadrar em um projeto habitacional popular, onde cada um vai poder pagar a prestação do seu imóvel próprio. A família precisa ter um programa fácil, com condição de honrar seus compromissos. 

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