Os vereadores da oposição ao governo Omar Naja (MDB) na Câmara de Americana vão insistir na tentativa de barrar o reajuste na tarifa de ônibus da cidade de R$ 4,00 para R$ 4,40, em vigor desde o dia 20. Após a frustrada votação na sessão da última quinta-feira – quando o prefeito editou um novo decreto que mantém a passagem a R$ 4,40 e tornou nula a votação do decreto legislativo aprovado que susta o aumento – os vereadores já têm um novo projeto pronto para tentar suspender, de novo, o aumento de 10%.
A oposição preparou um novo texto, que deve ser incluído em regime de urgência na próxima sessão. “Foi errada a atitude do Executivo em fazer aquela manobra. Acho que não pegou bem nem para o prefeito nem para a Câmara. E com certeza eu sou um dos primeiros que vai assinar (o novo projeto)”, garantiu ontem o vereador Odir Demarchi (PR).
Ele e os vereadores Rafael Macris (PSDB), Professor Padre Sérgio (PT), Marschelo Meche (PSDB), Welington Rezende (PRP), Gualter Amado (PRB) e Maria Giovana (PCdoB) defendem que o aumento da tarifa é “ilegal”, porque o contrato emergencial assinado entre o município e a concessionária Sou Americana (Grupo Sancetur) tem menos de um ano – foi iniciado em novembro do ano passado – e que, portanto, não poderia obter aval para aumento de tarifas antes desse prazo.
Os vereadores citam leis municipal e federais que não teriam sido respeitadas pelo decreto de reajuste baixado por Omar. Questionada, após a votação na Câmara, se o decreto original descumpriu a lei, a prefeitura informou, por meio de nota, que “a decisão (do aumento na passagem) acatou deliberação da Comissão Tarifária, formada por membros de dentro e de fora do Poder Público, que tem a prerrogativa de definir os valores”. Segundo os últimos números da Sou Americana, diariamente 20 mil passageiros utilizam ônibus em Americana.
