domingo, 27 abril 2025

Projeto piloto em ETE é eficaz em sua 1ª fase

O DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana concluiu a primeira fase de testes do projeto piloto de tratamento de esgoto implantado na ETE Carioba em dezembro do ano passado, e avaliou como eficaz o uso do equipamento cedido pela empresa Keviva, de Curitiba, na primeira fase do tratamento, que é a remoção de sólidos do esgoto em tratamento.
O projeto deve avançar nos próximos meses e é uma opção para acelerar a elevação da eficiência da estação, hoje na casa dos 40%, bem abaixo do 85% exigidos.
De acordo com o departamento, o projeto piloto utiliza tecnologia alemã e faz o tratamento terciário do esgoto por meio de lodos ativados. O sistema funciona em módulos, o que facilita a instalação e pode diminuir custos de operação, elevar a qualidade do tratamento e substituir a necessidade de grandes reformas na ETE Carioba, cuja baixa eficácia prejudica o Meio Ambiente e tem colocado em risco a renovação das licenças de operação de dezenas de indústrias têxteis da cidade e região.
Segundo informações da autarquia, a primeira parte dos testes do projeto piloto consistiu na simulação da etapa primária de tratamento, especificamente a etapa de retenção de sólidos. A empresa Keviva Tecnology enviou ao DAE um equipamento em pequena escala que simula o funcionamento do equipamento de retenção de sólidos fabricados pela empresa.
O equipamento fornecido pela empresa, segundo o DAE, consiste em uma esteira rolante vazada, com espaçamento de 1 milímetro, composta também por dentes retentores de sólidos, escovas de limpeza e raspadores embutidos. Também é dotada de compartimento de sólidos com sistema de compactação e retirada dos materiais. Tal tecnologia poderia, de acordo com a autarquia, substituir o sistema de grades existentes na ETE há décadas.
Segundo a autarquia, em janeiro, uma equipe técnica do DAE realizou uma visita à ETE de Indaiatuba, onde diversos equipamentos da empresa estão instalados e em funcionamento. O objetivo da visita foi verificar os equipamentos em escala real e em funcionamento dentro de uma estação.
“Após todas as análises, foi possível concluir que o equipamento demonstrado, tanto para a etapa de remoção de sólidos grosseiros, quanto de sólidos finos, possui grande capacidade de retenção. Foi possível observar os resíduos descartados após a passagem pelo equipamento, tendo como principal vantagem o baixo teor de líquidos, representando menor peso em caçamba e consequentemente menor custo para disposição final”, explicou o DAE em nota.
LOGÍSTICA
De acordo com o DAE, segunda etapa do projeto, que consiste em um equipamento de tratamento de efluentes (remoção de matéria orgânica e demais elementos presentes nos efluentes), ainda não foi executada, mas deve ocorrer em breve.
A autarquia destacou que a empresa está dependendo de um componente a ser enviado pela unidade dos Estados Unidos, que por motivo de logística ainda não chegou. “Somente após a execução da segunda etapa será possível avaliar e obter índices de eficiência de tratamento”, concluiu o DAE em nota.
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