sexta-feira, 19 abril 2024

Promoções impulsionam vendas no comércio da RMC

Passada a época de natal, final de ano, e a própria Black Friday, o ano de 2019 para o varejo começa com a tradicional liquidação de janeiro. É a oportunidade de liquidar estoques e equilibrar as contas. Além de impulsionar as vendas, as promoções nesta época também compensam a ausência de eventos sazonais do comércio no primeiro trimestre do ano.

Se para o varejo a liquidação de janeiro é um bom negócio, para o consumidor também. Os descontos variam, mas consumidores com sorte encontram ofertas com até 70% de desconto. Tanto que muitas pessoas deixam de comprar presentes de Natal em dezembro para aguardar as promoções de começo de ano.

“Para o varejo, a liquidação de janeiro é uma necessidade inevitável, principalmente para zerar o estoque remanescente do final do ano e fazer caixa para a chegada da nova linha de produtos a partir de março, quando o novo ano começa para o comércio”, diz Dimas Zulian, presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana).

Para Zulian, o varejo nos dois primeiros meses do ano compete com o turismo, já que é época de férias e muita gente viaja. Por isso, as lojas têm que atrair o consumidor com liquidações e promoções. Em Americana, a maioria das lojas da área central está oferecendo descontos que variam entre 20% e 70%, dependendo de cada segmento.

“O consumidor já se acostumou com as liquidações nessa época do ano. É sintomático. Em janeiro, de cada cinco clientes que entram na loja quatro perguntam se tem produtos em promoção”, diz.

Matheus Matsui, gerente de uma loja infantil de Americana, diz que a liquidação começa no dia 2 de janeiro tradicionalmente. “Estamos com várias promoções com descontos que variam entre 25% e 50%. Para nós, essa venda vale muito a pena, porque escoa nosso estoque e conseguimos ter recursos para comprar a coleção de inverno com antecedência”, comenta.

Em Santa Bárbara d’Oeste, a Acisb (Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara d’Oeste) não realiza uma campanha unificada de promoções para essa época do ano, mas sempre orienta os lojistas para que acompanhem a tendência de mercado e façam liquidações em janeiro.

“Cada loja tem o seu mecanismo específico de descontos. O comércio de Santa Bárbara está fazendo sua queima de estoque esperando um bom desempenho nas vendas”, informou a assessoria de comunicação da entidade, que destacou que os descontos nas lojas da cidade variam de 20% a 50%.

MEGALIQUIDAÇÕES
Um dos destaques das promoções de janeiro são as megaliquidações feitas pelas grandes redes de lojas, como o Magazine Luiza. No dia 3 de janeiro todas as 937 lojas permaneceram fechadas para a preparação da “Liquidação Fantástica”, que prometia descontos de até 70% em mais de mil produtos.

As vendas, segundo informações do departamento comercial e de operações da rede, em apenas uma sexta-feira representou o equivalente a 15 dias de vendas.

TRADIÇÃO
Em Campinas as liquidações de janeiro já são uma tradição de mais de 10 anos, conta Laerte Martins, diretor de economia da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas). “O objetivo é equilibrar as contas e manter o estoque mais baixo possível, mesmo que haja algumas perdas com produtos sendo vendidos a preço de custo”, disse.

Além disso, Martins explica que nessa época o varejo “disputa” o consumidor com outros gastos que são obrigatórios para a população em janeiro, como o IPTU e IPVA, matrícula, material escolar, entre outras despesas. “Por isso, é importante atrair o consumidor com descontos e promoções”, completou.

CAUTELA
Comprar com desconto é bom, mas é importante ressaltar que, mesmo sendo produtos disponibilizados em promoções, os consumidores, tem as mesmas garantias, já estabelecidas no Código de Defesa do Consumidor, segundo o Proteste e Associação dos Consumidores.

Apesar disso, é importante ficar atento às regras de cada promoção, se os produtos não estão com algum tipo de avaria, como arranhões, amassados ou falhas na costura.

Produtos de mostruários como eletrodomésticos, televisores, móveis e portáteis, costumam ter preços mais acessíveis. Por serem itens que ficam expostos, sua durabilidade pode ficar comprometida, por isso, qualquer tipo de “defeito” deve ser descrito em nota fiscal.

O consumidor deve ter cuidado com a “falsa liquidação” ou vitrines que indicam promoções que pareçam ser as melhores. Nem sempre isso condiz com a realidade.

Antes de comprar é bom não ter pressa para avaliar com cuidado os produtos. O consumidor não deve comprar por impulso só porque é barato, pois a mercadoria pode não ter utilidade e acabar estourando o orçamento.

 

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