sexta-feira, 19 abril 2024

RMC já soma 179 casos de sarampo

O sarampo continua avançando nas cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas), que juntas já contabilizam 179 vítimas da doença, de acordo com dados oficiais mais recentes, divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Saúde e pelas prefeituras. 

A Prefeitura de Campinas, cidade está a maior parte dos infectados (78 casos no total), atribuiu o retorno da doença à divulgação de “fake news” sobre a vacina. O sarampo havia sido considerado erradicado do país em 2016, mas este ano retornou. Só no Estado de São Paulo já são mais de seis mil casos – a maioria na Capital. 

Nas últimas duas semanas, 46 novos casos de sarampo foram identificados pelos serviços de saúde na RMC. O crescimento foi de 34,5% no total de resultados positivos durante o período, em relação aos números anteriores. 

A cidade de Nova Odessa figura pela primeira vez na lista de municípios com casos sob investigação, com três suspeitas da doença. Itatiba também estreou no ranking, mas com três confirmações, segundo a secretaria estadual de saúde. Em Americana, a situação permanece estável, com quatro casos confirmados. 

Já em Hortolândia o número de resultados positivos passou de 5 para 8. Houve aumento também em Sumaré, que foi de 6 para 8 casos confirmados. 

Em Santa Bárbara d’Oeste o total de doentes mais que dobrou, passando de 2 para 5 casos. As novas vítimas são uma adolescente de 16 anos, um menino de 3 anos e uma bebê de 6 meses. Todos contraíram a doença na cidade. 

Paulínia também registrou aumento expressivo de casos positivos, que saltaram de 12 para 22 nas últimas duas semanas. Deste total, cinco não estavam com as doses da vacina em dia, segundo o boletim de saúde divulgado pela Vigilância Epidemiológica do município. 

A vacinação é a única maneira de evitar o sarampo e a dose zero deve ser aplicada em crianças a partir dos seis meses, de acordo com o Ministério da Saúde. Nesta semana foi iniciada uma campanha de vacinação em todos os postos de saúde da rede pública, para imunizar crianças de seis meses a cinco anos. 

“A vacina é a única forma de interromper a cadeia de transmissão do vírus. Os adultos devem levar as crianças para tomar a vacina, que é segura e está disponível em todos os centros de saúde. Chamamos atenção para a dose zero, considerando que a maior parte dos acometidos pelo sarampo é de crianças menores de um ano, período em que as taxas de complicações e óbitos são maiores porque o sistema imunológico do bebê responde com menos intensidade ao vírus. Mas, o esquema vacinal deve estar completo em todas as faixas etárias”, destacou a secretária de Saúde em exercício em Campinas, Andrea Von Zuben. 

A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba e está disponível nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da região. O Programa Estadual de Imunização prevê que crianças e adultos, com idade entre um ano a 29 anos, devem ter duas doses da vacina contra o sarampo registradas na carteira de vacinação. Acima desta faixa, até 59 anos, é preciso ter uma dose. 

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