sexta-feira, 22 novembro 2024

RMC tem 12 mortes por febre maculosa e 34 casos suspeitos

A RMC (Região Metropolitana de Campinas) registrou até o momento 12 mortes por febre maculosa em 2018. Levantamento feito pelo TODODIA junto às prefeituras mostra que existem ao menos 34 casos suspeitos na região, ou seja, que aguardam o resultado de exames médicos para confirmar ou não a presença da doença.

O óbito mais recente ocorreu na quinta-feira de manhã, em Paulínia. A vítima foi uma mulher de 53 anos, moradora do bairro São José. De acordo com a prefeitura da cidade, ela foi contaminada “em visita a uma represa na cidade de Cosmópolis”. Foi a primeira morte registrada em Paulínia, que teve dois casos confirmados da doença (incluindo o óbito).

“Apesar de ser um caso importado, é preciso reforçar que entre os meses de junho e outubro há aumento na incidência de carrapatos, que são os principais transmissores da febre maculosa”, afirma a médica veterinária responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses de Paulínia, Iracema Custódia dos Santos Sá.

A especialista ressalta que existem áreas na cidade que devem ser evitadas. “É o caso da Lagoa Santa Terezinha, das lagoas localizadas no Complexo Brasil 500 e APPs (Áreas de Proteção Permanente). Aproveito para reforçar que, por diversas vezes, instalamos placas de alerta nestes locais e, infelizmente, elas foram retiradas em atos de vandalismo, prejudicando o trabalho de combate à febre maculosa.  Pedimos, portanto, a colaboração da população para que nos ajudem a manter os avisos intactos”, disse Iracema.

Até o momento, o município com mais casos de morte por conta da doença foi Americana, com 7. Ela também lidera os casos suspeitos, com 18. Existem ao menos 15 áreas de risco para a doença na cidade (confira o quadro nesta página).

Outro caso recente de óbito provocado pela febre maculosa ocorreu em Santa Bárbara d’Oeste, no dia 7 de junho. A vítima foi um homem de 38 anos, mas o bairro onde ele morava não foi divulgado. A cidade aguarda o resultado de exames de 8 casos suspeitos.

SINTOMAS
Os primeiros sintomas aparecem de dois a 14 dias após a picada, e podem incluirfebre (acima de 39ºC), calafrios, dor no corpo, fraqueda, náuseas, vômitos, diarreia e dor abdomem. Outros sintomas são pequenas manchas vermelhas pela pele, que crescem e se tornam salientes.

A doença tem cura, mas é necessário tratamento com antibióticos após o surgimento dos primeiros sintomas para evitar complicações, como inflamação do cérebro, paralisia, insuficiência respiratória ou insuficiência renal.

É recomendável evitar áreas de risco de transmissão da doença, como matas, beiras de rio, áreas de pescaria, entre outras.

 
ÁREAS DE RISCO EM AMERICANA
– Área da Carioba (pesqueiros do Rio Piracicaba, próximos ao Parque Têxtil da Rua Carioba).

– Área da Casa de Cultura Herman Müller (mata ciliar adjacente ao Ribeirão Quilombo)

– Área do Rio Jaguari (Região Pós-Represa do Salto Grande / chácaras nas proximidades da Colônia Agrícola do Sobrado Velho)

– Área do Museu Histórico (pesqueiros na confluência dos Rios Atibaia e Jaguari)

– Área do Assentamento Milton Santos (matas ciliares do Rio Jaguari e Córrego Jacutinga)

– Área da Ponte do Rio Piracicaba / Rodovia Anhanguera (pesqueiros locais)

– Área do Rio Piracicaba (pesqueiros na proximidade do Centro de Detenção Provisória)

– Área da Represa do Jardim Imperador (Área do Portal dos Nobres)

– Área da Praia dos Namorados (orla da Represa do Salto Grande)

– Área do Bairro Mirandola (pastos e matas periféricas)

– Área da Praia do Zanaga (braço da Represa do Salto Grande entre os Bairros do Zanaga e Vale das Nogueiras)

– Área da Usina da CPFL (Represa do Salto Grande)

– Área da Praia Azul (orla da Represa do Salto Grande)

– Área do Ribeirão Quilombo (toda a extensão)

– Área Verde do Parque Nova Carioba (mata ciliar do Córrego Bertini)

Fonte: Prefeitura de Americana

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