O PS “Dr. ÉdiIson Mano” começou a receber e armazenar o antídoto em dezembro de 2018, um mês depois que Maria Eduarda faleceu por não receber o soro, em novembro do mesmo ano
Após a morte de Maria Eduarda, de 10 anos, que foi picada por escorpião, em novembro de 2018, e não recebeu o soro antiescorpiônico no Pronto-Socorro ÉdIson Mano, a unidade começou a receber e armazenar o antídoto em dezembro do mesmo ano.
A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste respondeu, através de nota, que “todas as informações pertinentes ao acidente escorpiônico de Maria Eduarda foram prestadas nos autos do respectivo processo judicial”.
Até então, o antídoto ao veneno de escorpião só estava disponível na região no Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi” de Americana. O soro é regulado pela Secretaria de Estado da Saúde e disponibilizado para os Pontos Estratégicos, assim definidos pela Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo.
“Santa Bárbara d´Oeste segue como centro de referência para recebimento e armazenamento do soro e tem designado como Ponto Estratégico, o Pronto Socorro Dr. Édison Mano, o qual recebe e aplica o soro antiescorpiônico quando necessário, mediante os protocolos vigentes”, informou a prefeitura por meio de nota.
A Administração foi questionada, em março do ano passado, sobre a quantidade de doses desse estoque através de um requerimento do vereador Arnaldo Alves (PSD). Porém, a prefeitura não respondeu sobre a quantia de doses mantidas no Pronto-Socorro.
“Eu tinha certeza de que sairia com ela viva do Pronto-Socorro”, diz avó
A reportagem do TODODIA conversou com Maria Aparecida, avó que cuidava de Maria Eduarda, na tarde desta sexta-feira (17). Ainda muito abalada, ela comentou que não consegue passar em frente ao local onde viveu uma tragédia sem fim, em uma hora e meia.
Dona Maria Aparecida contou, com lágrimas, que a neta cantava nos cultos evangélicos que faziam na casa onde moravam. “Ela estava muito feliz por ganhar um notebook no seu aniversário que seria em dezembro. Ela estaria grande se estivesse aqui agora. Eu tinha certeza de que sairia com ela viva do Pronto-Socorro”, disse a avó.
